2 de mai. de 2006

Da guerra da mata, para a batalha entre ambientalistas

Os dirigentes da WWF vêm a público defender o projecto da Mata de Sesimbra, criticando as posições assumidas pelas associações ambientalistas com quem, alegadamente, reuniram diversas vezes, e cujas apreciações sobre o projecto sempre foram positivas. Há dias, no entanto, as ONGA's portuguesas, numa acção ímpar, afinaram pelo mesmo diapasão para dizer "não" ao projecto da cidade da Mata.
De facto, um dos dirigentes da Quercus, Francisco Ferreira, esteve presente na primeira reunião de apresentação do projecto da Mata, que teve lugar há alguns anos, no Centro Cultural de Belém. Hoje, este ambientalista, está liminarmente contra.
As vozes que contestam o projecto aumentam a cada dia, à mesma medida que os promotores dão a conhecer o empreendimento.
Não existem coincidências.
«O director europeu do Fundo de Conservação da Vida Selvagem (WWF), Magnus Sylven, divulgou hoje uma carta aberta a criticar o parecer negativo de três organizações ambientalistas portuguesas sobre o projecto da Mata de Sesimbra.
A carta de Magnus Sylven, número dois mundial da WWF, é a resposta ao parecer negativo conjunto da Quercus, Geota e Liga Protecção da Natureza (LPN) sobre o projecto da Mata de Sesimbra. (…)
Na missiva a que a Agência Lusa teve acesso, Sylven dá conta do seu "desapontamento ao tomar conhecimento da posição das ONG's portuguesas" e surpresa "pelo facto de o WWF ter reunido diversas vezes com aquelas organizações, cujos comentários sobre o projecto foram sempre positivos".
Para o director do WWF, o projecto responde às exigências e especificações pedidas por estas Organizações Não Governamentais (ONG), considerando que "existem erros de omissão no comunicado" em que divulgaram a sua posição.
O WWF afirma que o projecto de empreendimento turístico foi aprovado pelas autoridades locais e que é muito mais do que "acessos às praias e à cidade", incluindo um sistema sustentável de transportes públicos, uma rede de parqueamento e transporte público exclusivo para as praias.
Magnus Sylven afirma também que as ONG's nacionais prendem-se em pormenores para emitir o seu parecer negativo quando o que está em causa são questões globais, reconhecendo contudo que se o projecto pode conter algumas imprecisões.»

In Lusa, 30 de Abril

2 comentários:

Anônimo disse...

Sr.Magnus Sylven
Sesimbra é uma Vila linda e assim queremos continuar.
Não queremos ser nenhuma cidade.
Chega de saloisses.
Já agora digo-lhe que aqui na nossa Terra há um ditado popular que diz:
"Marinheiro que rema, algum interesse tem..."
Se por acaso não entender, a voz do povo, peça aos seus amigos que eles traduzem.

Anônimo disse...

Esse Magnus senhor, alguma vez veio a Sesimbra?
Será mesmo que ele sabe do que está a falar?