Um responsável norte-americano da associação ambientalista WWF está, actualmente, em Portugal para conhecer e reproduzir nos Estados Unidos um projecto urbanístico português inédito a nível mundial. Este projecto é, nem mais nem menos, do que o mega-empreendimento turístico que os nossos responsáveis querem construir na Mata de Sesimbra. Este senhor, que se chama Greg Searle, quer exportar para os Estados Unidos e Canadá, aquilo que está previsto para Sesimbra que é anunciado como um ‘projecto pioneiro’ e único na Europa.
O que o senhor Greg Searle, provavelmente, não sabe é que o projecto da Mata de Sesimbra não é, de forma alguma, consensual. Que, logo na origem, está ferido de ilegalidade pois baseia-se num acordo que só fazia sentido na cabeça de um ex-ministro e actual presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, que tem contas de um sobrinho na Suiça e a quem o Ministério Público acusou de corrupção passiva, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal. Claro que o acordo teve outros signatários, nomeadamente, o ex-presidente da autarquia de Sesimbra, Amadeu Penim, que, segundo se justificou bastas vezes, apenas o assinou após a sua aprovação, por unanimidade, na Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Sesimbra. Curiosamente, os seus colegas socialistas acusaram, no parlamento, o Governo (na altura de maioria laranja) de ter «cedido em toda a linha às pretensões dos promotores alemães» ao aceitar a construção «de diversos empreendimentos turísticos de grandes dimensões» na Mata de Sesimbra, que consideraram representar «uma verdadeira sentença de morte» do local. Os parlamentares referiam-se, claro está, à actuação do ministro Isaltino, mas ele não assinou o acordo sozinho...
Independentemente dos contornos pouco claros deste acordo, e à revelia daquilo que ele determina, o que é certo é que o índice de construção previsto para a Mata de Sesimbra excede o que está determinado no Plano Director Municipal. Esta é apenas uma das ilegalidades sobre a ilegalidade original.
O que o senhor Greg Searle talvez não saiba é que a população ainda não se pronunciou sobre os planos de pormenor deste projecto.
Mas há uma coisa que o senhor Greg Searle sabe. Diz ele em declarações à agência Lusa: «Não é impossível imaginar um futuro com muitas vilas como a Mata de Sesimbra». O que ele, de facto, não sabe, é que a Mata de Sesimbra não é uma vila, mas sim uma área integrada no pequeno concelho de Sesimbra. Mas a forma como o projecto está pensado integra, de facto, a construção de uma cidade (não pequena vila) dentro de outra vila. Estamos a falar, segundo esclarece a notícia, de «50% da área total do município». Um atentado, melhor dizendo…
Mas o que todos já sabemos, porque assim nos venderam, é que a Mata de Sesimbra, quando interessou, foi vendida como pulmão verde da Área Metropolitana de Lisboa. Hoje, é antes uma zona ferida pelas pedreiras e areeiros, cujas árvores estão contaminadas com o nemátodo do pinheiro.
O que o senhor Greg Searle, provavelmente, não sabe é que o projecto da Mata de Sesimbra não é, de forma alguma, consensual. Que, logo na origem, está ferido de ilegalidade pois baseia-se num acordo que só fazia sentido na cabeça de um ex-ministro e actual presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, que tem contas de um sobrinho na Suiça e a quem o Ministério Público acusou de corrupção passiva, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal. Claro que o acordo teve outros signatários, nomeadamente, o ex-presidente da autarquia de Sesimbra, Amadeu Penim, que, segundo se justificou bastas vezes, apenas o assinou após a sua aprovação, por unanimidade, na Câmara Municipal e Assembleia Municipal de Sesimbra. Curiosamente, os seus colegas socialistas acusaram, no parlamento, o Governo (na altura de maioria laranja) de ter «cedido em toda a linha às pretensões dos promotores alemães» ao aceitar a construção «de diversos empreendimentos turísticos de grandes dimensões» na Mata de Sesimbra, que consideraram representar «uma verdadeira sentença de morte» do local. Os parlamentares referiam-se, claro está, à actuação do ministro Isaltino, mas ele não assinou o acordo sozinho...
Independentemente dos contornos pouco claros deste acordo, e à revelia daquilo que ele determina, o que é certo é que o índice de construção previsto para a Mata de Sesimbra excede o que está determinado no Plano Director Municipal. Esta é apenas uma das ilegalidades sobre a ilegalidade original.
O que o senhor Greg Searle talvez não saiba é que a população ainda não se pronunciou sobre os planos de pormenor deste projecto.
Mas há uma coisa que o senhor Greg Searle sabe. Diz ele em declarações à agência Lusa: «Não é impossível imaginar um futuro com muitas vilas como a Mata de Sesimbra». O que ele, de facto, não sabe, é que a Mata de Sesimbra não é uma vila, mas sim uma área integrada no pequeno concelho de Sesimbra. Mas a forma como o projecto está pensado integra, de facto, a construção de uma cidade (não pequena vila) dentro de outra vila. Estamos a falar, segundo esclarece a notícia, de «50% da área total do município». Um atentado, melhor dizendo…
Mas o que todos já sabemos, porque assim nos venderam, é que a Mata de Sesimbra, quando interessou, foi vendida como pulmão verde da Área Metropolitana de Lisboa. Hoje, é antes uma zona ferida pelas pedreiras e areeiros, cujas árvores estão contaminadas com o nemátodo do pinheiro.
Mas, o que também fizeram questão de nos mostrar foi um plano de acessibilidades que prevê um ainda maior congestionamento dos acessos à sede de concelho. Ou seja, o que já está mal, pode realmente ficar muito pior.
O empreendimento da Mata de Sesimbra não tem lógica. Não resolve o problema de acessibilidades ao concelho, bem pelo contrário. E subsistem sérias dúvidas de que sirva para consolidar a área ambientalmente. O projecto não serve Sesimbra. Não está virado para Sesimbra nem para a sua população. É uma ideia megalómana que não cabe aqui, não tem espaço aqui, e não existe contrapartida que valha a pena. Sesimbra não precisa de mais e mais ‘Mares da Califórnia’, que nos façam corar de vergonha.
O senhor Greg Searle, bem que pode levar o projecto com ele para bem longe daqui.
O empreendimento da Mata de Sesimbra não tem lógica. Não resolve o problema de acessibilidades ao concelho, bem pelo contrário. E subsistem sérias dúvidas de que sirva para consolidar a área ambientalmente. O projecto não serve Sesimbra. Não está virado para Sesimbra nem para a sua população. É uma ideia megalómana que não cabe aqui, não tem espaço aqui, e não existe contrapartida que valha a pena. Sesimbra não precisa de mais e mais ‘Mares da Califórnia’, que nos façam corar de vergonha.
O senhor Greg Searle, bem que pode levar o projecto com ele para bem longe daqui.
10 comentários:
Em primeiro lugar, quero dizer que também não vou gostar nada de ver a Mata de Sesimbra transformada numa vila, assim como não vou gostar de ver a Mata perto do ginásio virar zona de prédios ou outra coisa qualquer de betão.
Em segundo lugar, é preciso não esquecer um dos motivos que levou ao aparecimento deste projecto foi como contrapartida à não realização do projecto que os alemães pretendiam na Aldeia do Meco...E se esse projecto se tivesse realizado, diziamos todos bye bye praia do Meco...é que pelo menos na década de 70, e isto para quem não sabe, os alemães pretendiam tornar aquelas praias privativas aos hoteis que iriam circundar a praia. felizmente conseguiram evitá-lo através dos caminhos que haviam sido "doados" como caminhos públicos...
Entre a mata de Sesimbra cheia de árvores podres, e a praia do meco, eu prefiro o Meco.
E se um estrangeiro qualquer vem cá ver o nosso projecto é porque estamos a inovar...então?? Agora que estamos no centro das atenções a nivel internacional, é mau??? Caramba, só somos bons por aproveitar a porcaria que vem de fora????
Sesimbr@praSempre
No Meco iria fazer-se uma urbe com 300mil metros quadrados, na Mata serão 1 milhão de metros quadrados. E caso Sesimbra para Sempre não saiba o caso Meco estava condenado ao fracasso porque uma parcela da área do projecto tinha sido adquirida pelo ICN, depois a troca promovida pelo Isaltino (Mata por Meco) acontece sob o pretexto de os alemães se chatearem connosco. Mas a verdade é que a sociedade alemã do Meco, era uma empresa registada em portugal, em que por acaso um dos sócios era alemão! Toda esta história cheira a esturro.
Caro(a) Sesimbr@prasempre, tenha cuidado e tenha medo, muito medo!
Jáááá eeessstouuuuu aaaaaa trrreeemmmeerrrrr!!!!!!
Pensando bem.....e não conhecendo o projecto como vocês parecem conhecer...arrisco-me a dizer que bom vir algo deste género para sesimbra, é que segundo o que li, lá irão existir comércio e serviços e assim ajudar na criação de emprego!!! Ainda quer que eu tenha mais medo???? Isso são ameaças de algum maricas/lésbica, apoiante do Sócrates ou do Louça ou será como eu já li num dos blogs um membro do LAS "LIGA DOS APROVEITADORES DE SESIMBRA", que no dia 10 de Junho ao invés de irem na manifestação contra o POPNA, iam de toalha debaixo do braço para a praia, esses é que são os verdadeiros amigos de Sesimbra????
Sesimbr@praSempre
Cara ou caro anónimo da "Sopa de Pelim"
1º deixe que lhe diga que, para mim há melhores sopas
2º julgo que está a confundir a intervenção prevista da WWF na Quinta do Conde, com a da Mata
3º A Quinta do Conde, até é uma Vila
4º Antes de dizer mal, informe-se melhor
5º Como me identifiquei, espero vir a "encontrar-me" de novo consigo, pelo menos no meu endereço de mail
6º adeus
7º são 13.59H de 3/3/06
eles saiem da toca que é uma maravilha! Sesimbraprasempre, deve ambicionar que os seus filhos sejam trabalhadores da Mata! Ora trabalharão nas obras durante a contrução, ou venderão gelados e serão caddys depois. Sem desprimor para essa profissoes, nao deve querer que todos os sesimbrenses façam esse tipo de trabalhos, ou quer? Se calhar quer!
A sorte é que vozes de burro não chegam aos céus!!!
Qualquer trabalho honesto não é desprimor para ninguém, e licenciados no desemprego, é o que não falta por aí...
No entanto para bom entendedor meia palavra basta, e você é tudo menos bom entendedor, se calhar não passou do 9,5 a português(...) mas a sua nota não é para aqui chamada....
Sabe o que são serviços...sabe o que num novo espaço urbano pode fazer??? São necessários pedreiros, jardineiros, canalizadores, jardins de infância, clinicas, empresas diversas, enfim...todas as profissões fazem falta para bem de uma sociedade, excepto de ladrâo, vigarista, entre outros.
Provavelmente pensa que trabalhar é bom para o preto ou para os brasileiros, russos e croatas que para aí andam....
Você não é mais do que um dos muitos calões que para aí andam, e não deixam que o país evolua.
Sesimbr@praSempre
"São necessários pedreiros, jardineiros, canalizadores, jardins de infância, clinicas, empresas diversas..." Sesimbraprasempre dixit!
Tudo isto é necessário num empreendimento turistico?!?!?!
Estranho, não é! Não será a urbanização turistica da mata uma reboleira da margem sul?
Essa é a questão, averdade vem ao de cima, so espero que não seja tarde demais!
MMMUUUUAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!!!!
Be afraid! Be very afraid!!!
Herodes
Segundo a edição de hoje do jornal Publico , “a World Wildlife Fund (WWF) - Portugal anunciou hoje que está a elaborar projectos de requalificação urbana sustentável para a Quinta do Conde, uma das maiores zonas clandestinas do país localizada em Sesimbra.”
…"A Câmara de Sesimbra está a desenvolver um plano de urbanização para esse local e concordou que a WWF participe, elaborando projectos para corredores ecológicos ou para a adaptação das casas a uma melhor eficiência energética e uso da água", afirmou hoje em conferência de imprensa Eduardo Gonçalves, o representante da WWF em Portugal.
"Estamos até a estudar a hipótese de certificar a pesca em Sesimbra", realizada de forma sustentável, adiantou Eduardo Gonçalves.”
Cada vez a coisa está melhor. A WWF depois de dar cobertura ao maior negocio imobiliário do governo de Isaltino de Morais na Mata de Sesimbra, propõe-se “colaborar com a câmara de Sesimbra num plano de urbanização para a Quinta do Conde “ e pretende “certificar a pesca em Sesimbra”.
A pouca vergonha não tem limites… Certificar a pesca em Sesimbra ????? Só podem estar a brincar com os nossos pescadores!!!!
Como se aproxima a discussão pública sobre a Mata de Sesimbra, a Câmara Municipal a Pelicano e a WWF prometem tudo e um par de botas no dia em que o governo anuncia a co- incineração na Arrábida.
Esperemos, que a WWF invente uma incineradora verde, amiga intima do ambiente, obviamente com o acordo da Câmara de Sesimbra e o patrocínio do BES /Pelicano
Hugo
Qual pesca em Sesimbra???
A morte da pesca em Sesimbra está para breve. Não me parece que com o POPNA em vigor, a pesca continue e existir. Quem quererá ir para a pesca, se só lhes lixam a vida?
Repare, tiram a pesca, põe a incineração; tiram a possibilidade de se construir uma casa para um filho num terreno de familia, e deixa-se partir a Serra. Mais não digo.
Apenas acho que alguém tem muito odio a Sesimbra.
Quem será?
Enublado
Postar um comentário