Hoje é um dia importante.
Termina hoje a discussão pública do Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra.
24 de Abril é a data limite anunciada para que a população se pronuncie sobre o projecto e, a julgar pelas sessões públicas que a autarquia realizou nas três freguesias do concelho, ao que parece, são numerosas as dúvidas, queixas e críticas sobre um projecto que ameaça mudar, irremediavelmente, e para sempre, o concelho tal como hoje o conhecemos.
Na sessão da passada sexta-feira, a única a que tive oportunidade de assistir, ao vivo e a cores, ouvi, com perplexidade, o presidente da autarquia, Augusto Pólvora, defender o projecto, assumindo-o como seu.
O edil chegou ao ponto de, quando interrogado sobre a possibilidade de se realizar um referendo tendo em conta os enormes impactos previsíveis deste empreendimento-cidade a construir numa extensa zona verde, afirmar, muito seguro de si, que a legitimidade com que defende o projecto lhe foi conferida pela população nas últimas eleições autárquicas. Como se, o resultado desse sufrágio lhe conferisse totais poderes de actuação. Para o bem e para o mal. Neste caso, para o mal. Talvez isso fosse possível noutro contexto social, cultural e político. Neste espaço e neste tempo, essa afirmação parece ser, no mínimo, despropositada.
Será que o edil vai manter a mesma posição quando, se, por algum motivo, a coisa lhe correr mal?
O boletim municipal de Abril dedica a sua primeira página e centrais à Mata de Sesimbra. Foi com especial interesse que li a notícia. No geral, nada de novo em relação ao que tem sido apresentado. Nem outra coisa seria de esperar. Apenas alguns enganos. Enfim… pormenores com a máxima importância. Diz o texto que «o Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra é um instrumento de ordenamento do uso e transformação do território, que desenvolve e concretiza propostas de organização espacial de uma área específica do território municipal, definindo com detalhe, a concepção da forma de ocupação e servindo de base aos projectos de execução das infra-estruturas, da arquitectura dos edifícios e dos espaços exteriores, de acordo com as prioridades estabelecidas nos programas de execução constantes do Plano Director Municipal».
Ora, o Plano de Pormenor foi apresentado, nesta sessão, por oposição ao PDM e nunca de forma integrada neste. Os folhetos que têm sido distribuídos comprovam-no. De um lado, a Mata com PDM, do outro, a Mata com Plano de Pormenor. O ataque ao PDM foi tão cerrado que motivou até a intervenção do ex-presidente Ezequiel Lino.
Afinal em que é que ficamos?...
E, por falar em empreendimentos turísticos construídos em locais duvidosos, hoje é inaugurado o ‘Sesimbra Hotel’. Aquele que nos roubou a falésia. Fiquei a saber, também através do Boletim Municipal, que este empreendimento «está situado num dos locais mais privilegiados de Sesimbra – a Praça da Califórnia». Uma novidade toponímica que desconhecia.
Termina hoje a discussão pública do Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra.
24 de Abril é a data limite anunciada para que a população se pronuncie sobre o projecto e, a julgar pelas sessões públicas que a autarquia realizou nas três freguesias do concelho, ao que parece, são numerosas as dúvidas, queixas e críticas sobre um projecto que ameaça mudar, irremediavelmente, e para sempre, o concelho tal como hoje o conhecemos.
Na sessão da passada sexta-feira, a única a que tive oportunidade de assistir, ao vivo e a cores, ouvi, com perplexidade, o presidente da autarquia, Augusto Pólvora, defender o projecto, assumindo-o como seu.
O edil chegou ao ponto de, quando interrogado sobre a possibilidade de se realizar um referendo tendo em conta os enormes impactos previsíveis deste empreendimento-cidade a construir numa extensa zona verde, afirmar, muito seguro de si, que a legitimidade com que defende o projecto lhe foi conferida pela população nas últimas eleições autárquicas. Como se, o resultado desse sufrágio lhe conferisse totais poderes de actuação. Para o bem e para o mal. Neste caso, para o mal. Talvez isso fosse possível noutro contexto social, cultural e político. Neste espaço e neste tempo, essa afirmação parece ser, no mínimo, despropositada.
Será que o edil vai manter a mesma posição quando, se, por algum motivo, a coisa lhe correr mal?
O boletim municipal de Abril dedica a sua primeira página e centrais à Mata de Sesimbra. Foi com especial interesse que li a notícia. No geral, nada de novo em relação ao que tem sido apresentado. Nem outra coisa seria de esperar. Apenas alguns enganos. Enfim… pormenores com a máxima importância. Diz o texto que «o Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra é um instrumento de ordenamento do uso e transformação do território, que desenvolve e concretiza propostas de organização espacial de uma área específica do território municipal, definindo com detalhe, a concepção da forma de ocupação e servindo de base aos projectos de execução das infra-estruturas, da arquitectura dos edifícios e dos espaços exteriores, de acordo com as prioridades estabelecidas nos programas de execução constantes do Plano Director Municipal».
Ora, o Plano de Pormenor foi apresentado, nesta sessão, por oposição ao PDM e nunca de forma integrada neste. Os folhetos que têm sido distribuídos comprovam-no. De um lado, a Mata com PDM, do outro, a Mata com Plano de Pormenor. O ataque ao PDM foi tão cerrado que motivou até a intervenção do ex-presidente Ezequiel Lino.
Afinal em que é que ficamos?...
E, por falar em empreendimentos turísticos construídos em locais duvidosos, hoje é inaugurado o ‘Sesimbra Hotel’. Aquele que nos roubou a falésia. Fiquei a saber, também através do Boletim Municipal, que este empreendimento «está situado num dos locais mais privilegiados de Sesimbra – a Praça da Califórnia». Uma novidade toponímica que desconhecia.
4 comentários:
Depois de ter passado pela biblioteca onde se discutia a blogosfera, (coisa morna e sem sal) dei um salto ao Conde Ferreira. Não sei o que se terá passado antes, mas fiquei estupefacta com o Augusto Pólvora. Nunca vi o homem naquele estado apopléctico. Chegou a ser grosseiro.
De facto o Presidente não foi nada elegante. Também eu fiquei admirado. Para defender as suas convicções não é necessária a posição do quero posso e mando. Esperemos que tenha sido só um mau momento
Bem o presidente Augusto, está a trair os interesses da sua Terra.
Ele está também a trair os comunistas e os democratas deste concelho que não votaram nele para este disparate.
Criar uma cidade de 30.000 pessoas, numa primeira fase, é mandar-nos para a periferia dessa mesma cidade, que ainda como agravante vai nascer com a morte da nossa Mata.
Sesimbra e os sesimbrenses não merecem isto.
Este é um processo muito cinzento que nos arrepia só de pensar que há mais alguma coisa que nós não sabemos.
Camaradas comunistas, socialistas e Povo anónimo e democrata deste concelho, não permitamos que isto vá em frente, por nós e pelos nossos filhos estanquemos este erro histórico.
Quanto ao presidente Augusto, ou dá a volta a esta embrulhada e repensa a situação ou deve demitir-se.
Também acho que o Augusto vai ter de se demitir antes do final do mandato.
Ninguém de esquerda, aceita esta coisa da Mata e muito menos os comunistas.
Por isso caro camarada, demite-te antes aque seja tarde.
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