Foi sem surpresa que li a notícia publicada no ‘Setúbal na Rede’ que dá conta que a WWF deu parecer positivo ao Plano de Pormenor (PP) da zona sul da Mata de Sesimbra. Afinal este é, desde o início, um projecto que tem a chancela desta organização ambiental mundial. De qualquer forma, não posso deixar de questionar até que ponto é legítimo ser juiz em causa própria?
Não deixa de ser interessante perceber que esta notícia que, uma vez mais, vem confirmar que este projecto pseudo-turístico, é uma maravilha-bestial-fantástico-estupendo-espantoso-incrível, surge apenas três dias antes da segunda sessão pública de discussão do PP, que terá lugar sexta-feira, na Corredoura.
Não deixa de ser interessante perceber que, no entanto, até ao dia de ontem, se andou a discutir um projecto, usando e abusando do carimbo da WWF, embora esta organização não tivesse ainda dado parecer positivo ao mega-empreendimento.
Não deixa de ser interessante que o director europeu da WWF, Magnus Sylven, assuma que o projecto da Mata de Sesimbra é o primeiro «do género em áreas rurais». Pois… só mesmo em Sesimbra, porque noutros locais seria impensável largar toda essa enorme quantidade de betão, cimento, campos de golfe e pessoas sobre áreas rurais.
Não deixa de ser interessante o facto de voltarem a anunciar que o projecto vai recuperar a Lagoa de Albufeira, quando está prevista a construção, em toda a Mata, de 6 campos de golfe, que para se manterem verdejantes implicam uma utilização massiva de químicos que se infiltram nos solos e contaminam os lençóis freáticos. Fora a pressão humana e todo o lixo produzido. Fora a ausência duma rede de saneamento básico na freguesia do Castelo, até aqui apontado como principal poluente da Lagoa, que continua por construir.
Não deixa de ser interessante que voltem a anunciar que os produtos utilizados na Mata terão de ser oriundos de um raio de 50 km em redor do empreendimento, como se esta fosse uma forma inequívoca de desenvolver a economia sesimbrense. Ora, que eu saiba, Lisboa, Setúbal e tantos outros centros urbanos e produtores de bens situam-se num raio de 50 km.
Não deixa de ser interessante reparar que aquilo que é apregoado como um empreendimento verde e amigo do ambiente contemple uma área de construção de 700 hectares, ou seja, 700 campos de futebol, para quatro estabelecimentos hoteleiros e onze aldeamentos turísticos. Fora os serviços e infra-estruturas. Enfim… Imagine-se a construção de uma cidade ao lado de duas vilas (Sesimbra e Quinta do Conde) e duma mão cheia de aldeiazinhas (na freguesia do Castelo).
Não deixa de ser interessante, voltar a ver promotores e autarquia juntos na defesa do projecto. Não deveria a autarquia assumir uma posição neutra em tudo isto? Às tantas tenho dificuldade em perceber quem é o promotor e… o promotor…
Não deixa de ser interessante perceber que esta notícia que, uma vez mais, vem confirmar que este projecto pseudo-turístico, é uma maravilha-bestial-fantástico-estupendo-espantoso-incrível, surge apenas três dias antes da segunda sessão pública de discussão do PP, que terá lugar sexta-feira, na Corredoura.
Não deixa de ser interessante perceber que, no entanto, até ao dia de ontem, se andou a discutir um projecto, usando e abusando do carimbo da WWF, embora esta organização não tivesse ainda dado parecer positivo ao mega-empreendimento.
Não deixa de ser interessante que o director europeu da WWF, Magnus Sylven, assuma que o projecto da Mata de Sesimbra é o primeiro «do género em áreas rurais». Pois… só mesmo em Sesimbra, porque noutros locais seria impensável largar toda essa enorme quantidade de betão, cimento, campos de golfe e pessoas sobre áreas rurais.
Não deixa de ser interessante o facto de voltarem a anunciar que o projecto vai recuperar a Lagoa de Albufeira, quando está prevista a construção, em toda a Mata, de 6 campos de golfe, que para se manterem verdejantes implicam uma utilização massiva de químicos que se infiltram nos solos e contaminam os lençóis freáticos. Fora a pressão humana e todo o lixo produzido. Fora a ausência duma rede de saneamento básico na freguesia do Castelo, até aqui apontado como principal poluente da Lagoa, que continua por construir.
Não deixa de ser interessante que voltem a anunciar que os produtos utilizados na Mata terão de ser oriundos de um raio de 50 km em redor do empreendimento, como se esta fosse uma forma inequívoca de desenvolver a economia sesimbrense. Ora, que eu saiba, Lisboa, Setúbal e tantos outros centros urbanos e produtores de bens situam-se num raio de 50 km.
Não deixa de ser interessante reparar que aquilo que é apregoado como um empreendimento verde e amigo do ambiente contemple uma área de construção de 700 hectares, ou seja, 700 campos de futebol, para quatro estabelecimentos hoteleiros e onze aldeamentos turísticos. Fora os serviços e infra-estruturas. Enfim… Imagine-se a construção de uma cidade ao lado de duas vilas (Sesimbra e Quinta do Conde) e duma mão cheia de aldeiazinhas (na freguesia do Castelo).
Não deixa de ser interessante, voltar a ver promotores e autarquia juntos na defesa do projecto. Não deveria a autarquia assumir uma posição neutra em tudo isto? Às tantas tenho dificuldade em perceber quem é o promotor e… o promotor…
7 comentários:
A isso chama-se atirar areia aos olhos do povo...
Mentiras deste blogue:
"embora esta organização não tivesse ainda dado parecer positivo ao mega-empreendimento"
Falso. O parecer e sobre o plano de pormenor logo inclui o empreendimento
"em toda a Mata, de 6 campos de golfe, que para se manterem verdejantes implicam uma utilização massiva de químicos que se infiltram nos solos e contaminam os lençóis freáticos."
Falso. Nao sao nem 6 campos de golfe (sao 3 sendo que um dos quais bastante pequeno) e alem disso hoje e possivel manter campos de golfe sem o recurso a quimicos. alias para jogar golfe nao e necessario que a relva esteja verdejante.
Não deixa de ser interessante reparar que aquilo que é apregoado como um empreendimento verde e amigo do ambiente contemple uma área de construção de 700 hectares"
Falso. Area do projecto: 5200 ha em que apenas 60 ha serao ocupados com edificacoes. Dos 5200 ha, 4800ha serao preservados como mata e 200 ha de espacos verdes nos empreendimentos.
Faca o trabalho de casa antes de dizer mal
Anonymous das 12:55 PM, leia a notícia a que se refere o post escrito pelo Barco a Remos. Se o que aqui está escrito é mentira, é porque os próprios promotores mentiram ao jornalista. Mas também, engano por engano, mentira por mentira, este projecto é um autêntico embuste.
Ah, esqueci-me de acrescentar que a tal história dos 3 campos de golfe é verdade, mas APENAS PARA A ZONA SUL do projecto. Não se esqueça, anonymous das 12:55PM que existe a zona norte da Mata de Sesimbra onde surgiram mais uns quantos.
Onde se lê "surgiram" deve, obviamente, ler-se "surgirão", ou melhor, "surgiriam"! É mais correcto falar disto no condicional do que futuro! Vai lá vai!
o Pólvora anda nervoso...
Mentiroso sou eu e não minto tanto.
Cuidado com estes gajos que nos MATAM.
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