Quem costuma espreitar para dentro da ‘Sopa de Pelim’ sabe que o mega-empreendimento turístico previsto para a Mata de Sesimbra tem merecido aqui um enorme rol de críticas. Há ideias que são tão impensáveis que devia ser intensamente estudado o que comeu o seu autor no dia anterior a as ter vomitado, para que semelhante indisposição não voltasse a acontecer.
De qualquer forma, o projecto tem tido uma óptima imprensa. Não há pasquim que não exalte, promova e apregoe o empreendimento. A última edição do jornal ‘Notícias da Zona’ é, nesse sentido, deprimente. Há já algum tempo que a contra-capa do jornal, custeada pela Pelicano e Banco Espírito Santo, é uma característica sintomática mas, é dever de toda e qualquer publicação elevar um enorme muro entre a publicidade e o conteúdo jornalístico do jornal. Sabemos que, nesse muro, há sempre uma porta entreaberta que liga as duas hortas, mal estaremos quando ela for, totalmente, escancarada.
Ora, na sua última edição, o Notícias da Zona não aproveitou a porta escancarada, apenas derrubou o muro. Na capa, sob o título ‘Reciclar não é só separar’, em grande destaque, pintado de verde (e de que outra cor, poderia ser?) anuncia-se, desde logo, o que de Mata vende o jornal.
As páginas 2 e 3 são ocupadas pelo assunto ‘Mata de Sesimbra’. Primeiro a notícia sobre a primeira discussão pública que teve lugar na Quinta do Conde, depois outra sobre o selo de qualidade com que WWF brindará os produtos tradicionais que existem num raio de 50 km em redor do empreendimento, onde se inclui o concelho. Como a página 4 é totalmente ocupada por publicidade da autarquia ao evento ‘OndaJovem’ a Mata só volta na 5 com a entrevista a Pooran Desai, co-fundador da BioRegional e director técnico da One Planet Living, que esteve em Sesimbra para tratar de assuntos relacionados com... a construção do empreendimento da Mata de Sesimbra. Nas páginas 6 e 7, surge então a opinião de José Manuel Palma, autor do estudo ambiental do projecto e ainda a entrevista com Eduardo Gonçalves da WWF. E, para fechar com chave de ouro, lá está, como sempre, a última página, dedicada ao Palmela Village, do grupo BES, Pelicano e Land and Property.
Ah! Resta dizer que o jornal tem 16 páginas… se destas 7 são dedicadas a dizer da Mata… bom, é fazer as contas!
De qualquer forma, o projecto tem tido uma óptima imprensa. Não há pasquim que não exalte, promova e apregoe o empreendimento. A última edição do jornal ‘Notícias da Zona’ é, nesse sentido, deprimente. Há já algum tempo que a contra-capa do jornal, custeada pela Pelicano e Banco Espírito Santo, é uma característica sintomática mas, é dever de toda e qualquer publicação elevar um enorme muro entre a publicidade e o conteúdo jornalístico do jornal. Sabemos que, nesse muro, há sempre uma porta entreaberta que liga as duas hortas, mal estaremos quando ela for, totalmente, escancarada.
Ora, na sua última edição, o Notícias da Zona não aproveitou a porta escancarada, apenas derrubou o muro. Na capa, sob o título ‘Reciclar não é só separar’, em grande destaque, pintado de verde (e de que outra cor, poderia ser?) anuncia-se, desde logo, o que de Mata vende o jornal.
As páginas 2 e 3 são ocupadas pelo assunto ‘Mata de Sesimbra’. Primeiro a notícia sobre a primeira discussão pública que teve lugar na Quinta do Conde, depois outra sobre o selo de qualidade com que WWF brindará os produtos tradicionais que existem num raio de 50 km em redor do empreendimento, onde se inclui o concelho. Como a página 4 é totalmente ocupada por publicidade da autarquia ao evento ‘OndaJovem’ a Mata só volta na 5 com a entrevista a Pooran Desai, co-fundador da BioRegional e director técnico da One Planet Living, que esteve em Sesimbra para tratar de assuntos relacionados com... a construção do empreendimento da Mata de Sesimbra. Nas páginas 6 e 7, surge então a opinião de José Manuel Palma, autor do estudo ambiental do projecto e ainda a entrevista com Eduardo Gonçalves da WWF. E, para fechar com chave de ouro, lá está, como sempre, a última página, dedicada ao Palmela Village, do grupo BES, Pelicano e Land and Property.
Ah! Resta dizer que o jornal tem 16 páginas… se destas 7 são dedicadas a dizer da Mata… bom, é fazer as contas!
4 comentários:
VIVA A MATA!!!
A publicidade colMATA as carências orçamentais do reputado jornal. Sem lhe roubar imparcialidade e sem o levar a confundir publicidade com notícia.
Quando a informação vai a leilão, o Notícias arreMATA...
Arre, mata, que tão genero$a é...
Quem irá ganhar com esta coisa da Mata?
Quem ganha?
Pelicano/Bes e col. com obtenção de fundos comunitários.
Por aguma razão os Aldeamentos Turisticos foram substituidos pelas Eco-cidades.
É que o turismo já deu o que tinha a dar...
Mafalda
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