O boletim municipal tem sido, em diversos meios, criticado. Na forma e na aparência, ele é, de facto, em muito semelhante ao já desenvolvido pela anterior maioria socialista que governou os destinos da autarquia até 2005. Mas agora há diferenças. De facto, o novo executivo liderado por comunistas prometeu mudanças, desde logo previsíveis e devidamente contempladas no orçamento. Nota-se, por isso, alguns movimentos, uma nova agenda, acções de charme, e... pouco mais. Não posso, por isso, deixar de expressar a minha insatisfação em relação ao boletim municipal. Não vou debruçar-me sobre a presença do presidente da Câmara, Augusto Pólvora, e da vice-presidente, Felícia Costa, em 99 por cento das fotografias. Não vou debruçar-me sobre as opiniões deliberada e abertamente expressas em textos, supostamente, informativos. Não vou debruçar-me sobre os elogios rasgados, louvores e aplausos ali dedicados à actuação da autarquia, numa atitude claramente narcisista. Não vou debruçar-me sobre a extensa lista de “individualidades” presentes nos eventos que teimam em enumerar em todas as notícias. Mas vou referir alguns trechos de significativa arte de mal escrever, que aqui citarei tal e qual aparecem neste órgão informativo da autarquia.
«(…) As instituições do Concelho poderão associarem-se a esta iniciativa (…).»
Texto sobre a iniciativa ‘Abril Rostos Mil’
É o problema de quem escreve como fala… pexito I.
«(…) O executivo da Junta de Freguesia do Castelo decidiu doar os outros computadores ao várias instituições do concelho.»
Texto sobre a renovação do equipamento informático pela Junta de Freguesia do Castelo
Uma revisão nos textos poderia ter evitado esta chamada de atenção.
«O Carnaval de Sesimbra 2006 foi dos melhores de sempre. E pelo facto, todos os seus intérpretes mereceram os mais rasgados elogios, pela forma como uma vez mais participaram nos festejos desta quadra, que é já uma das maiores referências de Sesimbra e de Portugal.»
Texto sobre o Carnaval em Sesimbra
Intérpretes?! Quem és tu oh máscara intérprete?! “E o intérprete o que é? É um ladrão de mulher!”
«Poucos escaparam às suas piadas, às suas mensagens “corrosivas e às suas criticas, Afinal saudáveis e bem dispostas, deixaram a rir os que tiveram o privilégio de assistir a estas manifestações de cultura popular.»
Idem, referência às cegadas
Nem sei por onde começar…
«Nos últimos anos, o Carnaval sesimbrense ganhou um novo atractivo: o desfile do Grupo de Olodum Femenino “Tripa Mijona” na tarde de sábado. Constituído exclusivamente por elementos do sexo feminino (…)»
Idem
Se é um grupo feminino… deverá ser, digo eu, constituído apenas por elementos do sexo feminino! Ou será “femenino”?
«Apesar da intempérie registada, este grupo encheu as ruas de sensualidade e vida.»
Idem
Não, aqui não há erros ortográficos ou gramaticais. Mas a intempérie referida, foi uma… “chuva molha parvos”. Quanto à sensualidade da Tripa Mijona, deve ter a ver com o facto de integrar apenas elementos do sexo “femenino”. Enfim, são opiniões.
«Não houve atrasos, mas sim, muita alegria e profissionalismo.»
Idem, referência ao desfile de terça-feira.
Não, aqui também não há erros ortográficos ou gramaticais. Existe sim a dúvida de que quem escreveu o texto tenha assistido ao desfile, do início ao fim, em pé como uma grande parte do público.
«Existem sete AUGIS delimitadas: uma nas Courelas da Brava; cinco no Casal do Sapo; uma nas Fontainhas, que poderão nesta fase do processo virem a ser redelimitadas.»
Textos sobre uma visita do executivo camarário à Quinta do Conde.
É o problema de quem escreve como fala… pexito II.
O dicionário de língua portuguesa contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não reconhece o verbo redelimitar mas, certamente, na autarquia há dicionários melhores. Afinal, uma pesquisa no Google, indica que, na web, a palavra aparece referida 7 vezes em páginas de Portugal. É demasiado rebuscado para mim...
«O depósito de água do Casal do Sapo foi outro dos locais visitados, para verificação das alterações a efectuar, de forma a assegurar o seu eficaz funcionamento, que não acontece presentemente e cuja recepção da mesma ainda não foi feita pela Câmara.»
Idem
Recepção do quê?! Que “mesma”?!
«Ainda neste local, foi referido o espaço verde que será construído frente ao PLUS e que será o maior do Concelho, com 2 hectares.»
Idem
É impressão minha ou alguém se está a esquecer da Mata de Sesimbra?! Tem um bocadinho mais que 2 hectares, ou não?! Ah ok, isso para o caso não interessa nada.
«(…) o Presidente informou sobre os recentes desenvolvimentos do processo da construção deste importante equipamento (ver caixa anexa).»
Idem, referência à construção da extensão de saúde da Quinta do Conde
Tudo bem… Não fosse o facto de não existir qualquer caixa anexa.
«No dia da abertura, pelas 21 horas, vai ser feita uma animação de rua, onde serão distribuídos flyers com mentiras (…)»
Texto sobre a iniciativa ‘Onda Jovem’
Mentira? Qual mentira? Esta mentira?
Para não maçar muito mais, vou apenas salientar a minha contradição favorita da edição de Março do ‘Sesimbra Município’. Ora, o texto sobre o 100.º aniversário da Sociedade de Recreio Sesimbra começa por elogiar a «bonita idade desta popular colectividade, carinhosamente conhecida por “Refugo”». Pouco adiante no texto, é explicado o surgimento da colectividade, formada por pessoas que se afastaram do Clube Sesimbrense e da Sociedade Impressão Sesimbrense. «O afastamento deveu-se a divergências várias e a polémica em torno da formação da nova colectividade atingiu tais contornos, que deu origem à alcunha depreciativa de “Refugo”, por parte de outras colectividades».
Afinal, é um nome carinhoso ou uma alcunha depreciativa?...
Por fim, tenho ainda da salientar uma referência feita, neste boletim, à «Feira da Festa das Chagas», que estará a funcionar de 24 de Abril a 7 de Maio.
Que é feito do arraial? Alguém sabe? Ou isto agora vai tudo corrido a feiras disto e daquilo? Já houve quem recebesse a alcunha depreciativa de “Paulinho das Feiras”. Será que já tem substituto? Ah sim, mas não será depreciativo, será sim um nome carinhoso…
«(…) As instituições do Concelho poderão associarem-se a esta iniciativa (…).»
Texto sobre a iniciativa ‘Abril Rostos Mil’
É o problema de quem escreve como fala… pexito I.
«(…) O executivo da Junta de Freguesia do Castelo decidiu doar os outros computadores ao várias instituições do concelho.»
Texto sobre a renovação do equipamento informático pela Junta de Freguesia do Castelo
Uma revisão nos textos poderia ter evitado esta chamada de atenção.
«O Carnaval de Sesimbra 2006 foi dos melhores de sempre. E pelo facto, todos os seus intérpretes mereceram os mais rasgados elogios, pela forma como uma vez mais participaram nos festejos desta quadra, que é já uma das maiores referências de Sesimbra e de Portugal.»
Texto sobre o Carnaval em Sesimbra
Intérpretes?! Quem és tu oh máscara intérprete?! “E o intérprete o que é? É um ladrão de mulher!”
«Poucos escaparam às suas piadas, às suas mensagens “corrosivas e às suas criticas, Afinal saudáveis e bem dispostas, deixaram a rir os que tiveram o privilégio de assistir a estas manifestações de cultura popular.»
Idem, referência às cegadas
Nem sei por onde começar…
«Nos últimos anos, o Carnaval sesimbrense ganhou um novo atractivo: o desfile do Grupo de Olodum Femenino “Tripa Mijona” na tarde de sábado. Constituído exclusivamente por elementos do sexo feminino (…)»
Idem
Se é um grupo feminino… deverá ser, digo eu, constituído apenas por elementos do sexo feminino! Ou será “femenino”?
«Apesar da intempérie registada, este grupo encheu as ruas de sensualidade e vida.»
Idem
Não, aqui não há erros ortográficos ou gramaticais. Mas a intempérie referida, foi uma… “chuva molha parvos”. Quanto à sensualidade da Tripa Mijona, deve ter a ver com o facto de integrar apenas elementos do sexo “femenino”. Enfim, são opiniões.
«Não houve atrasos, mas sim, muita alegria e profissionalismo.»
Idem, referência ao desfile de terça-feira.
Não, aqui também não há erros ortográficos ou gramaticais. Existe sim a dúvida de que quem escreveu o texto tenha assistido ao desfile, do início ao fim, em pé como uma grande parte do público.
«Existem sete AUGIS delimitadas: uma nas Courelas da Brava; cinco no Casal do Sapo; uma nas Fontainhas, que poderão nesta fase do processo virem a ser redelimitadas.»
Textos sobre uma visita do executivo camarário à Quinta do Conde.
É o problema de quem escreve como fala… pexito II.
O dicionário de língua portuguesa contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa não reconhece o verbo redelimitar mas, certamente, na autarquia há dicionários melhores. Afinal, uma pesquisa no Google, indica que, na web, a palavra aparece referida 7 vezes em páginas de Portugal. É demasiado rebuscado para mim...
«O depósito de água do Casal do Sapo foi outro dos locais visitados, para verificação das alterações a efectuar, de forma a assegurar o seu eficaz funcionamento, que não acontece presentemente e cuja recepção da mesma ainda não foi feita pela Câmara.»
Idem
Recepção do quê?! Que “mesma”?!
«Ainda neste local, foi referido o espaço verde que será construído frente ao PLUS e que será o maior do Concelho, com 2 hectares.»
Idem
É impressão minha ou alguém se está a esquecer da Mata de Sesimbra?! Tem um bocadinho mais que 2 hectares, ou não?! Ah ok, isso para o caso não interessa nada.
«(…) o Presidente informou sobre os recentes desenvolvimentos do processo da construção deste importante equipamento (ver caixa anexa).»
Idem, referência à construção da extensão de saúde da Quinta do Conde
Tudo bem… Não fosse o facto de não existir qualquer caixa anexa.
«No dia da abertura, pelas 21 horas, vai ser feita uma animação de rua, onde serão distribuídos flyers com mentiras (…)»
Texto sobre a iniciativa ‘Onda Jovem’
Mentira? Qual mentira? Esta mentira?
Para não maçar muito mais, vou apenas salientar a minha contradição favorita da edição de Março do ‘Sesimbra Município’. Ora, o texto sobre o 100.º aniversário da Sociedade de Recreio Sesimbra começa por elogiar a «bonita idade desta popular colectividade, carinhosamente conhecida por “Refugo”». Pouco adiante no texto, é explicado o surgimento da colectividade, formada por pessoas que se afastaram do Clube Sesimbrense e da Sociedade Impressão Sesimbrense. «O afastamento deveu-se a divergências várias e a polémica em torno da formação da nova colectividade atingiu tais contornos, que deu origem à alcunha depreciativa de “Refugo”, por parte de outras colectividades».
Afinal, é um nome carinhoso ou uma alcunha depreciativa?...
Por fim, tenho ainda da salientar uma referência feita, neste boletim, à «Feira da Festa das Chagas», que estará a funcionar de 24 de Abril a 7 de Maio.
Que é feito do arraial? Alguém sabe? Ou isto agora vai tudo corrido a feiras disto e daquilo? Já houve quem recebesse a alcunha depreciativa de “Paulinho das Feiras”. Será que já tem substituto? Ah sim, mas não será depreciativo, será sim um nome carinhoso…
16 comentários:
Brilhante, Barco a Remos, brilhante.
Genial, o que todos os leitores pensam e não conseguem exprimir, nem de Barco a Motor, muito menos a Remos!
Critica com substância! E a substância é tanta que dá vontade de rir a chorar!
Como pode ser possível!
Pior, pior é que os responsáveis por esta vergonha são assessores, contratados e o diabo a sete, a receberam cerca de 500 contos cada um!!!!
E são comunistas, pró seu bolso, né?
Topas!
Alguns dos autores destas pérolas já antes faziam o mesmo. Só que havia quem relessse e corrigisse. Afinal, apenas gente que sabia ler e escrever.
Agora foram buscar uma "profissional" (???!!!) ao Sesimbrense e pagam-lhe bem por cada erro, cada gralha, cada nabice. A pequena vale o investimento...
correcção ao revisor:
Ninguém que saiba ler faz a correcção no Sesimbrense, porque os erros mantêm-se!
Já agora, o sr. revisor consegue encontrar jornal mais bacoco, sem contéudo e penoso como aquele?
Correcção ao corrector do revisor. Eu disse que eram revistos e corrigidos os erros de pessoas que já escreviam no Boletim Municipal.
Quanto ao Sesimbrense, por vezes mais parece um Boletim Municipal, tão alinhadinho que é um gosto. Até nos pontapés na gramática...
Mas qual é a diferença entre o Sesimbrense e o Boletim Municipal?
No numero de fotografias do presidente da Camara?
No numero de erros ortograficos?
E se experimentassem colocar o dr Sequerra como Presidente da Câmara e Augusto Pólvora como director do Sesimbrense? Qual seria a diferença?
Forcado
Desculpem mas não resisti...
Tenho acompanhado o Sesimbraeventos e chegei aqui por esse blog.
FANTÁSTICO !!!
BRILHANTE !!!
Como diria a pexit@ calhandr@, critica com substância.
E ainda falavam eles que o senhor Pedro Martins " mamava " 500 contos por mês.
Voltem, ESTÃO PERDOADOS !!!
As saudades que tenho da outra Sesimbra e Ventos...
Eu teno a sigunda claçe, naum á un tache pra min?
Obrigade!
Ao quer tacho.
Penso que sim, não será difícil. A escrever assim, vai fazer concorrência à senhora jornalista que veio do sesimbrense. Ela escreve quase tantos erros como o senhor... a como sairá cada erro?
Épa Gaivota sosse, o senhor está no céu. Quanto ao Pedro Martins, deve ter feito muita coisa para mamar 500 mocas por mês, deve deve.
Diga lá o que ele fez para além de chular a Câmara? Vai trabalhar malandre.
Então e o que faz na Câmara a "professora universitária" Felícia? Não lê o boletim ou não sabe emendar os erros?
Sem contar com a menina Sandra que não sei se sabe ler mas tem muito geito para escrever. Parece é que passa o tempo a escrever nos blogues a julgar que ninguém a topa.
Pouco tempo lhe deve sobrar pro trabalho da câmara.
Olha, se a menina Sandra souber ler que vá ler o artigo do Pacheco Pereira no Público de hoje. E veja se tem vergonha na cara.
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