18 de jan. de 2006

Demo… Cracia

O executivo camarário aprovou, há dias, por unanimidade (tão amigos que eles estão!), o orçamento e as grandes opções do plano (GOP) para 2006. As notícias publicadas por alguns meios de comunicação social destacam o “equilíbrio” e a “credibilidade” que esta unanimidade confere à adopção destes documentos estratégicos.
Quanto a mim, tudo o que me soe a unanimidade, é tudo menos credível, sobretudo porque vivemos em democracia. Não percebo em que medida é que uma opinião, ou duas, ou três divergentes poderiam manchar o equilíbrio e a credibilidade dos documentos aprovados. Só mesmo na cabeça de alguns iluminados… Uma pobreza… De ideias e de valores democráticos.
É normal que exista divergência! É saudável que não exista consenso! Desde que os discordantes da maioria, ou da minoria, estejam convictos das suas ideias! O respeito mútuo é, por isso, fundamental em democracia.
A “credibilidade” a que alguns se referem, quando falam desta aprovação do orçamento e das GOP, só se justificaria num processo de participação alargado a nível local.
Seria necessário que um movimento comunitário e popular avançasse e influenciasse directamente, apresentando propostas, previamente definidas e discutidas sobre o orçamento. As palavras não são minhas. Mas partilho da ideia de que é necessário aumentar a participação. É preciso democratizar a democracia.
A Câmara Municipal de Palmela ousou experimentar a democracia participativa local, com o orçamento participativo. Ou seja, nem é preciso aos novos governantes municipais sesimbrenses vergarem-se a experiências bem sucedidas de cariz ideológico diferente do seu. Cheguem-se lá e perguntem. Tentem, se possível, fazer melhor.
Durante a sua campanha eleitoral, Augusto Pólvora anunciou, por várias vezes, a intenção de levar a população a participar. Perdeu aqui uma boa oportunidade. Não é apenas com comissões-para-isto-e-para-aquilo que se brinca com a participação da população. Levar a participação a sério, é implicar as pessoas nas tomadas de decisão. É saber quais são as suas prioridades. Saber onde é que elas querem que o orçamento seja investido. Não se trata de retirar legitimidade a quem é eleito mas sim de articular o papel dos representantes eleitos pelo povo com a participação mais directa da população.
O “equilíbrio” e a “credibilidade” de que agora fazem grande gala, não são mais do que enganos. Repito: é preciso democratizar a democracia. Sobretudo em Sesimbra.

3 comentários:

Anônimo disse...

o Demó..nio da cracia anda à solta na piscosa! Qual foi a educação dos Demo...cráticos que nos governam?
Há pois é, paises de leste com regimes toatalitaristas e mais demo que cráticos!
Medo, tenham muito medo!!!!!!!!
BRRRRRRRRRRR!!!

Anônimo disse...

Vai fazendo as malas, fascismo. Estás quase a ser perdoado e poder voltar para casa. Infelizmente.
Afinal, os democratas não são mais que fascistazinhos de 2ª.Classe. E para quem tiver dúvidas é só olhar para o rasto que têm deixado desde o 25/4.
Existe, porém, uma enorme diferença. É que antes o povo estava sempre contra. Agora metade do mesmo povo está sempre a favor por mais alarvices que os democratas façam. E assim já passaram quase 32 anos.Para 48 poucos faltam...

Anônimo disse...

Será que vc sabe o que é democracia?? Será que já não há democracia em excesso!!!
Precisamos de um Salazar!!! Concordo com a maria do céu, gostava de ver o país rumar a direita, decerto que pior não estaria...



C' os pés na terra