23 de jul. de 2009

O Trânsito (parte II)

Durante a entrevista que o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra dá à Sesimbra TV sobre a circulação automóvel e o estacionamento nesta vila, Augusto Pólvora expõe o quebra cabeças com que tem andado entretido ao longo dos últimos anos.
Diz o edil que "é conhecida a estratégia" seguida pela autarquia, "de criar vários pontos de estacionamento relativamente próximos do centro da vila, de forma a que as pessoas possam depois deslocar-se a pé". Nesse sentido, sublinha, "está criado, há 4 anos, o parque de estacionamento do Mar da Califórnia, com cerca de 500 lugares", que, conclui, "raramente enche". No entanto, e mantendo a mesma estratégia... de seguir em frente às apalpadelas, "está em construção, neste momento, um outro silo automóvel associado à unidade turística junto ao Hotel do Mar" que o presidente espera que esteja a funcionar no próximo ano, e que permitirá disponibilizar mais 300 lugares de estacionamento. Por outro lado, foi "também adjudicada a requalificação do estádio da Vila Amália, que prevê um parque de estacionamento público com mais 400 lugares".

Sesimbra tem um problema de estacionamento. É verdade.
Sesimbra tem parques de estacionamento pagos. É verdade.
Os parques pagos não enchem. É verdade.
O problema do estacionamento mantém-se. É verdade.
Mas há mais parques de estacionamento na calha (cuja criação depende do surgimento de novos grandes empreendimentos turísticos e/ou projectos imobiliários). Também é verdade.
Se os parques que existem não têm sido solução, ao arranjar mais uns quantos o senhor presidente acha que vai conseguir "ensinar" aos turistas pobretanas que para aqui andam, como devem gastar uns cobres? Ou, pelo contrário, esses parques vão contribuir para agudizar o problema?
Afinal é Sesimbra que está mal, ou são as "estratégias" de desenvolvimento que lhe aplicam em cima que estão a bater todas ao lado?

Um comentário:

Anônimo disse...

Não percebeu mas é facil, é preciso diminuir o estacionamento anárquico no centro da vila mas não se pode fazer isso sem haver alternativa de estacionamento, primeiro é preciso criar os parques.
Da-ha!...