Na sua edição de 30 de Agosto, o jornal ‘O Sesimbrense’ fazia parar o concelho, por trazer na sua primeira página uma notícia escaldante de grande relevância para a população local: ‘Nelson Évora salta para a medalha de ouro’. Uma fotografia do atleta do Benfica, vencedor do triplo salto no Campeonato do Mundo de Atletismo que decorreu em Osaka, Japão, ocupava toda a capa do jornal.
Na sua edição de 15 de Setembro, ‘O Sesimbrense’ volta a fazer história no jornalismo local, puxando para a capa a prestação da selecção nacional de râguebi que esteve, pela primeira vez, num campeonato do mundo da modalidade.
Num mundo em constante mudança, e num concelho não tão fraco em notícias como poderia parecer à primeira vista, as opções editoriais deste «quinzenário independente para defesa dos interesses do concelho» parecem-me pouco claras.
É certo que o mundo desportivo gira em torno do futebol e toda a gente sente que deveria ser dada maior relevância às restantes modalidades nas quais os atletas lusos se têm destacado. Não me parece, no entanto, que isso seja motivo suficiente para ‘O Sesimbrense’ se demitir da sua missão de ‘defesa dos interesses do concelho’. Não me parece que seja missão deste jornal fazer as capas que ‘A Bola’, o ‘Record’ ou o ‘Jogo’ poderiam ter feito.
28 de set. de 2007
Eventos em curtas
A Junta de Freguesia de Santiago promove, esta noite, um desfile de moda, em conjunto com uma empresa de realização de eventos, e com o apoio de algumas empresas do concelho e da Câmara Municipal de Sesimbra. No site da Junta descobri a imagem de divulgação do acontecimento que integra dois elementos gráficos interessantes: a fortaleza de Santiago à qual se sobrepõe um mulher loira, nua. Apesar de afirmarem que o principal objectivo do ‘Sesimbra Fashion Party’ (porquê o nome em inglês?) é colocar a vila «na rota da moda e mostrar que tem lojas e estilistas de grande qualidade e gente bonita para as passerelles», parece-me que a imagem de divulgação do evento parece querer asseverar outros atractivos. Como dizem uns «gatos» que por aí andam... «volta e meia também vão aparecer gajas nuas».
Ai estes candidatos a presidente de Câmara...
Há uma semana, a Câmara Municipal de Sesimbra recriou, na baía de Sesimbra, a antiga lota. Dentro do espírito do ‘Carnaval todo o ano’, no teatro foram envolvidas as escolas de samba e grupos, cujos elementos se mascararam para recriar esses tempos idos. No final do dia, quando o evento já estava longe, só se falava no mistério do cherne desaparecido. Isto para não falar no sumiço de gorazes e peixe-espada preto. Terá sido intervenção da ASAE? Terá sido o vento? O vento não foi certamente e a ASAE não actua assim.
Dando continuidade a uma série de eventos de forte cariz cultural, a Câmara Municipal de Sesimbra vai assinalar o Dia Internacional da Pessoa Idosa (1 de Outubro) com uma mega ‘Matiné Dançante’ que terá lugar no salão ‘Baila Comigo’. Para os idosos do concelho não haverá cherne nem «gajas nuas». Mas que eles mereciam muito mais do que isso, ai mereciam sim senhor.
Ai estes candidatos a presidente de Câmara...
Há uma semana, a Câmara Municipal de Sesimbra recriou, na baía de Sesimbra, a antiga lota. Dentro do espírito do ‘Carnaval todo o ano’, no teatro foram envolvidas as escolas de samba e grupos, cujos elementos se mascararam para recriar esses tempos idos. No final do dia, quando o evento já estava longe, só se falava no mistério do cherne desaparecido. Isto para não falar no sumiço de gorazes e peixe-espada preto. Terá sido intervenção da ASAE? Terá sido o vento? O vento não foi certamente e a ASAE não actua assim.
Dando continuidade a uma série de eventos de forte cariz cultural, a Câmara Municipal de Sesimbra vai assinalar o Dia Internacional da Pessoa Idosa (1 de Outubro) com uma mega ‘Matiné Dançante’ que terá lugar no salão ‘Baila Comigo’. Para os idosos do concelho não haverá cherne nem «gajas nuas». Mas que eles mereciam muito mais do que isso, ai mereciam sim senhor.
26 de set. de 2007
Também quero!!
Uma sala cheia recebeu na sexta-feira o debate sobre a ‘Educação e a Escola Pública’ organizado pelo grupo de reflexão sobre o concelho de Sesimbra - ‘Observa’ -, que contou com as participações do reitor da Universidade de Lisboa, António Nóvoa, e dum fundador do Movimento da Escola Moderna, Sérgio Niza.
Em vésperas da reconstituição da antiga lota na praia de Sesimbra, foi com alguma surpresa que vi entre o público a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Sesimbra, Felícia Costa.
Foi também com surpresa que a vi entre o público, e não na mesa. Não porque eu ache que ela devesse estar na mesa, mas antes porque acho que ela acha que lá deveria estar.
Foi porém sem surpresa que ouvi a intervenção da vereadora durante o período de debate. Sem rodeios, Felícia Costa antes de dirigir a sua pergunta aos oradores, fez questão de se afirmar admirada por ver a sala cheia de professores, quando poucos comparecem às acções realizadas pela Câmara sobre Educação. Será que a vereadora acha mesmo que esta foi a forma mais correcta de os atrair?
É curioso... Porque também eu fiquei admirad@ por ver a vereadora entre o público num evento que não foi organizado pela Câmara.
«Quando se trata de educação, nenhum político tem dúvidas, nenhum comentador se engana, nenhum português hesita. Palavras gastas. Inúteis. Banalidades. Mentiras. O que é evidente, mente. Evidentemente.»‘E vid ente mente. Histórias da Educação’, António Nóvoa (Asa, 2005) [Retirado do folheto de apresentação da sessão.]
Em vésperas da reconstituição da antiga lota na praia de Sesimbra, foi com alguma surpresa que vi entre o público a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Sesimbra, Felícia Costa.
Foi também com surpresa que a vi entre o público, e não na mesa. Não porque eu ache que ela devesse estar na mesa, mas antes porque acho que ela acha que lá deveria estar.
Foi porém sem surpresa que ouvi a intervenção da vereadora durante o período de debate. Sem rodeios, Felícia Costa antes de dirigir a sua pergunta aos oradores, fez questão de se afirmar admirada por ver a sala cheia de professores, quando poucos comparecem às acções realizadas pela Câmara sobre Educação. Será que a vereadora acha mesmo que esta foi a forma mais correcta de os atrair?
É curioso... Porque também eu fiquei admirad@ por ver a vereadora entre o público num evento que não foi organizado pela Câmara.
«Quando se trata de educação, nenhum político tem dúvidas, nenhum comentador se engana, nenhum português hesita. Palavras gastas. Inúteis. Banalidades. Mentiras. O que é evidente, mente. Evidentemente.»‘E vid ente mente. Histórias da Educação’, António Nóvoa (Asa, 2005) [Retirado do folheto de apresentação da sessão.]
6 de set. de 2007
O «principal» e o «único»
Felizmente o mês de Agosto chegou ao fim.
Finalmente a pequena avalanche de turistas que escolheram Sesimbra como destino de férias, fez as malas e partiu. E os outros (aos quais que não podemos chamar “turistas”) que apenas vêm ao Sábado de manhã e vão ao Sábado à tarde, continuarão a vir e a ir, sempre que o sol perder a vergonha.
Dizem por aí que o Verão “foi fraco” e, há dias atrás, um jornal concelhio comprovou-o dando honras de 1.ª página ao fracasso: ‘Turistas em queda por falta de animação’.
Custa-me a crer que no próximo editorial do boletim municipal, o presidente da Câmara reitere a afirmação de que «Sesimbra é, hoje, o principal destino turístico da Costa Azul e o único destino internacional da região». Augusto Pólvora sustentou a afirmação em dados do «Instituto Nacional de Estatística» referentes aos últimos anos, embora não defina quais, e isso talvez fosse importante para conseguir compreender a incoerência, verificável a olho nú, desta constatação.
Como o líder de bancada da CDU na Assembleia Municipal, Fernando Patrício, nos ensina: não é por repetirmos muitas vezes uma mentira que ela se torna verdade. Por isso, Augusto Pólvora bem pode deixar de insistir nas ideias de «principal» e «único» destino turístico, pois não é por dizê-lo e escrevê-lo muitas vezes que a coisa se efectiva. Há que fazer muito mais.
No editorial em que Pólvora eleva Sesimbra a «principal» e «único», ressalva o trabalho do Turiforum, um «grupo de reflexão sobre o turismo em Sesimbra». Parece-me agora que o grupo terá matéria suficiente para se entreter.
Além disso, acrescenta o edil, está na forja o ‘Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico’ que deverá ser lançado em breve, e que tem como «grande objectivo inverter a tendência sazonal» e «afirmar definitivamente Sesimbra como destino turístico durante todo o ano».
O importante, quer para o reflexivo Turiforum, quer para o Plano Estratégico, é que consigam partir dum diagnóstico fidedigno da situação do turismo actual e tenham uma ideia clara e correcta daquilo que deveria ser o objectivo: um turismo de qualidade para um concelho com as características de Sesimbra. Partir do princípio de que somos o «principal» e o «único» é, por si só, um mau princípio. Não sei onde querem todos eles chegar, mas não é bom sinal meterem pelo caminho um ‘carnaval de Verão’ que só desencantou, um esgoto a correr para a praia, a sobreposição de eventos, ou uma dose dupla de trios electrécticos, e isto apenas para apontar alguns casos.O boletim meteorológico não ajudou, é verdade. Mas isso não é desculpa para quem avoca ser o «principal» e o «único».
Finalmente a pequena avalanche de turistas que escolheram Sesimbra como destino de férias, fez as malas e partiu. E os outros (aos quais que não podemos chamar “turistas”) que apenas vêm ao Sábado de manhã e vão ao Sábado à tarde, continuarão a vir e a ir, sempre que o sol perder a vergonha.
Dizem por aí que o Verão “foi fraco” e, há dias atrás, um jornal concelhio comprovou-o dando honras de 1.ª página ao fracasso: ‘Turistas em queda por falta de animação’.
Custa-me a crer que no próximo editorial do boletim municipal, o presidente da Câmara reitere a afirmação de que «Sesimbra é, hoje, o principal destino turístico da Costa Azul e o único destino internacional da região». Augusto Pólvora sustentou a afirmação em dados do «Instituto Nacional de Estatística» referentes aos últimos anos, embora não defina quais, e isso talvez fosse importante para conseguir compreender a incoerência, verificável a olho nú, desta constatação.
Como o líder de bancada da CDU na Assembleia Municipal, Fernando Patrício, nos ensina: não é por repetirmos muitas vezes uma mentira que ela se torna verdade. Por isso, Augusto Pólvora bem pode deixar de insistir nas ideias de «principal» e «único» destino turístico, pois não é por dizê-lo e escrevê-lo muitas vezes que a coisa se efectiva. Há que fazer muito mais.
No editorial em que Pólvora eleva Sesimbra a «principal» e «único», ressalva o trabalho do Turiforum, um «grupo de reflexão sobre o turismo em Sesimbra». Parece-me agora que o grupo terá matéria suficiente para se entreter.
Além disso, acrescenta o edil, está na forja o ‘Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico’ que deverá ser lançado em breve, e que tem como «grande objectivo inverter a tendência sazonal» e «afirmar definitivamente Sesimbra como destino turístico durante todo o ano».
O importante, quer para o reflexivo Turiforum, quer para o Plano Estratégico, é que consigam partir dum diagnóstico fidedigno da situação do turismo actual e tenham uma ideia clara e correcta daquilo que deveria ser o objectivo: um turismo de qualidade para um concelho com as características de Sesimbra. Partir do princípio de que somos o «principal» e o «único» é, por si só, um mau princípio. Não sei onde querem todos eles chegar, mas não é bom sinal meterem pelo caminho um ‘carnaval de Verão’ que só desencantou, um esgoto a correr para a praia, a sobreposição de eventos, ou uma dose dupla de trios electrécticos, e isto apenas para apontar alguns casos.O boletim meteorológico não ajudou, é verdade. Mas isso não é desculpa para quem avoca ser o «principal» e o «único».
4 de set. de 2007
Uma terra de contrastes
No âmbito do evento 'Marés de Outono', vai recriada, dia 22 de Setembro, a antiga lota na praia, numa tentativa de, dizem, "valorizar as tradições". As festas em honra de Nossa Senhora do Cabo Espichel, promovidas pela Comissão de Festas, incluem um pouco tradicional karaoke, no Santuário.
Início do ano lectivo
O início do ano lectivo no concelho de Sesimbra tem sido, nos últimos anos, principescamente assinalado com a realização de um grande banquete oferecido à comunidade educativa. Este evento tem merecido ferozes críticas
pelo esbajamento panfletário (promover uma festarola para centenas de pessoas não é coisa que se faça com meia dúzia de tostões), sobretudo porque há escolas onde os professores são obrigados a pedir aos encarregados de educação, com jeitinho, algum dinheiro para suportar fotocópias, visitas de estudo e... papel higiénico. Apesar disso, a autarquia tem feito finca pé em promover este banquete anual e 2007 não será excepção. Mas, ao que parece, há novidades.
No Sesimbr’Acontece de Setembro é anunciado que o evento terá como tema a banda desenhada. Mas... pasmem-se! Desta feita não estão a pedir aos convivas que se mascarem de Homem-Aranha, Flash Gordon, Hulk ou de X-Men. Segundo a publicação, todos os participantes serão convidados a levar «um livro de banda desenhada para ser oferecido às bibliotecas escolares». Apesar da promessa eleitoral de ‘Carnaval todo o ano’, a autarquia decidiu, ao que parece (e bem), pôr fim ao baile de máscaras em que tinha transformado a recepção.
Mas há mais inovações. A edição ’07 do banquete para a comunidade educativa não terá lugar nem na Fortaleza de Santiago, nem na Quinta dos Sonhos, mas sim, na Escola Básica 1 / JI da Quinta do Conde.
Note-se ainda que, em entrevista ao jornal ‘O Sesimbrense’, a vereadora da Educação, Felícia Costa, quase dá a mão à palmatória quando recusa a denominação de ‘recepção à comunidade educativa’. «Prefiro chamar-lhe um momento de homenagem e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por professores e alunos», disse. E acrescenta: «Vamos fazer um encontro no dia 14 (...)». É impressão minha ou há aqui uma alteração de discurso e de postura?
Não posso ainda deixar de sublinhar uma outra afirmação de Felícia Costa: “Iremos aproveitar para falar do que se pretende realizar durante o ano”. Assim, como quem não quer a coisa, a vereadora até vai procurar falar de alguma coisa importante durante o convívio. Até porque convém, não vá o pessoal pensar que aquilo é só mesmo banquete e festa. Definitivamente, algo mudou. E sente-se nas entrelinhas o desalento de Felícia Costa por ter de limitar o seu querido festim anual de auto-promoção.
pelo esbajamento panfletário (promover uma festarola para centenas de pessoas não é coisa que se faça com meia dúzia de tostões), sobretudo porque há escolas onde os professores são obrigados a pedir aos encarregados de educação, com jeitinho, algum dinheiro para suportar fotocópias, visitas de estudo e... papel higiénico. Apesar disso, a autarquia tem feito finca pé em promover este banquete anual e 2007 não será excepção. Mas, ao que parece, há novidades.
No Sesimbr’Acontece de Setembro é anunciado que o evento terá como tema a banda desenhada. Mas... pasmem-se! Desta feita não estão a pedir aos convivas que se mascarem de Homem-Aranha, Flash Gordon, Hulk ou de X-Men. Segundo a publicação, todos os participantes serão convidados a levar «um livro de banda desenhada para ser oferecido às bibliotecas escolares». Apesar da promessa eleitoral de ‘Carnaval todo o ano’, a autarquia decidiu, ao que parece (e bem), pôr fim ao baile de máscaras em que tinha transformado a recepção.
Mas há mais inovações. A edição ’07 do banquete para a comunidade educativa não terá lugar nem na Fortaleza de Santiago, nem na Quinta dos Sonhos, mas sim, na Escola Básica 1 / JI da Quinta do Conde.
Note-se ainda que, em entrevista ao jornal ‘O Sesimbrense’, a vereadora da Educação, Felícia Costa, quase dá a mão à palmatória quando recusa a denominação de ‘recepção à comunidade educativa’. «Prefiro chamar-lhe um momento de homenagem e reconhecimento pelo trabalho desenvolvido por professores e alunos», disse. E acrescenta: «Vamos fazer um encontro no dia 14 (...)». É impressão minha ou há aqui uma alteração de discurso e de postura?
Não posso ainda deixar de sublinhar uma outra afirmação de Felícia Costa: “Iremos aproveitar para falar do que se pretende realizar durante o ano”. Assim, como quem não quer a coisa, a vereadora até vai procurar falar de alguma coisa importante durante o convívio. Até porque convém, não vá o pessoal pensar que aquilo é só mesmo banquete e festa. Definitivamente, algo mudou. E sente-se nas entrelinhas o desalento de Felícia Costa por ter de limitar o seu querido festim anual de auto-promoção.
3 de set. de 2007
O Regresso
O início do mês de Setembro marca o fim da “silly season”. Mas, na abertura da nova “season” política concelhia, Fernando Patrício, articulista no jornal ‘Nova Morada’ e elemento da bancada comunista na Assembleia Municipal de Sesimbra, publica no referido jornal mais um artigo de opinião absolutamente “silly”, para não dizer pior. Não tendo aprendido com o primeiro erro, Patrício volta a comparar a actuação dos socialistas à do ministro da propaganda de Hitler. Comece-se por dizer que Patrício sabe tão bem do que fala que redige erradamente o nome do político do 3.º Reich. Em vez de “Goebbels”, Patrício escreve “Goebels”, comendo-lhe um “b”.
Goebbels compreendeu como dominar os meios de comunicação de massa e é-lhe atribuída a afirmação de que “qualquer mentira repetida até à exaustão acaba por se tornar uma verdade”. Mas isso Patrício sabe, até porque é, precisamente, por essa afirmação que inicia a sua crónica. Mas o que Patrício talvez não saiba, (mas pode consultar na wikipédia) é que Paul Joseph Goebbels foi, por algum tempo, comunista, e esperava que uma revolução salvasse a Alemanha da dificil situação social em que se encontrava. Rejeitava o capitalismo, mas também a democracia e acabou por se tornar um anti-semita fanático. A determina altura do seu percurso político, Goebbels é enviado por Hitler para dirigir a propaganda em Berlim (uma área de influência comunista, onde o movimento Nazi não se tinha conseguido implantar fortemente). Diz a wikipédia que, «já na sua primeira acção em Berlim se denotam em Joseph Goebbels os métodos de inspiração comunista. No bairro proletário de Wedding, ele alugou uma larga sala de audiências que costumava ser utilizada pelos comunistas. Os placares anunciando o evento imitavam o estilo e as palavras usadas pelos comunistas.»
Mas esta é apenas uma custa lição de história que não deve ser lida como nada mais do que isso.
Voltemos, por isso, ao artigo de Patrício que inicia por “Goebels”, passa para a lei de financiamento dos partidos, para chegar até ao “pistoleiro da Quinta do Conde” e às ameças “à integridade física” a elementos da CDU. Depois disto, Patrício ainda faz questão de sublinhar que é gerente comercial numa empresa privada, e manda cumprimentos a alguém que tem um “toyota branco” e lhe tirou fotografias à casa, para, finalmente, fechar o texto lançando acusações a um vereador do PS.
Independentemente das razões de Patrício, da justeza, ou não, das suas críticas e dos recados que manda pelo jornal, parece-me que um “Goebels” ali metido, a foice e a martelo, e pela segunda vez (porque já num artigo anterior, Patrício chama ao texto o ministro nazi) é completamente descabido e soa demasiado a um certo discurso madeirense onde os adjectivos “fascistas”, “cubanos” e afins são usados com a mesma leviandade.
O mote está dado: inicia a “season”, igualmente “silly” e muito “foolish”.
Goebbels compreendeu como dominar os meios de comunicação de massa e é-lhe atribuída a afirmação de que “qualquer mentira repetida até à exaustão acaba por se tornar uma verdade”. Mas isso Patrício sabe, até porque é, precisamente, por essa afirmação que inicia a sua crónica. Mas o que Patrício talvez não saiba, (mas pode consultar na wikipédia) é que Paul Joseph Goebbels foi, por algum tempo, comunista, e esperava que uma revolução salvasse a Alemanha da dificil situação social em que se encontrava. Rejeitava o capitalismo, mas também a democracia e acabou por se tornar um anti-semita fanático. A determina altura do seu percurso político, Goebbels é enviado por Hitler para dirigir a propaganda em Berlim (uma área de influência comunista, onde o movimento Nazi não se tinha conseguido implantar fortemente). Diz a wikipédia que, «já na sua primeira acção em Berlim se denotam em Joseph Goebbels os métodos de inspiração comunista. No bairro proletário de Wedding, ele alugou uma larga sala de audiências que costumava ser utilizada pelos comunistas. Os placares anunciando o evento imitavam o estilo e as palavras usadas pelos comunistas.»
Mas esta é apenas uma custa lição de história que não deve ser lida como nada mais do que isso.
Voltemos, por isso, ao artigo de Patrício que inicia por “Goebels”, passa para a lei de financiamento dos partidos, para chegar até ao “pistoleiro da Quinta do Conde” e às ameças “à integridade física” a elementos da CDU. Depois disto, Patrício ainda faz questão de sublinhar que é gerente comercial numa empresa privada, e manda cumprimentos a alguém que tem um “toyota branco” e lhe tirou fotografias à casa, para, finalmente, fechar o texto lançando acusações a um vereador do PS.
Independentemente das razões de Patrício, da justeza, ou não, das suas críticas e dos recados que manda pelo jornal, parece-me que um “Goebels” ali metido, a foice e a martelo, e pela segunda vez (porque já num artigo anterior, Patrício chama ao texto o ministro nazi) é completamente descabido e soa demasiado a um certo discurso madeirense onde os adjectivos “fascistas”, “cubanos” e afins são usados com a mesma leviandade.
O mote está dado: inicia a “season”, igualmente “silly” e muito “foolish”.
Assinar:
Postagens (Atom)