12 de set. de 2006

Contas

A edição de Setembro da “agenda de acontecimentos do concelho de Sesimbra”, a ‘sesimbr’acontece’, anuncia na página 17 um evento de que já nos habituámos a ouvir falar, raras vezes por bons motivos: a recepção à comunidade educativa. Desta feita, em vez do tradicional e concorrido repasto oferecido aos funcionários das escolas do concelho, a revista anuncia-nos um programa que começa na próxima sexta-feira e se estende até 5 de Outubro. As actividades destinadas à comunidade educativa, no entanto, estão assinaladas com um asterisco. Ou seja, das 19 actividades previstas, apenas três têm o dito asterisco.
São diversas as críticas que tenho ouvido em relação a este evento que, todos os anos, dá um valente desbaste no orçamento municipal. Mas, há que compreender a pertinência da festa, que este ano aparece camuflada entre diversos outros eventos. Por um lado, o pessoal precisa de festas. Por outro, calam-se as bocas às vozes críticas, tapando o sol com a peneira, isto é, integrando neste “acontecimento” actividades como a observação das estrelas no Monte dos Vendavais, alguns passeios pedestres e conferências (tudo sem asterisco).
Apesar destes contorcionismos, o ponto alto continua a ser, sem dúvida, o dia da recepção que inclui o (já tradicional) repasto temático, desta vez dedicado à ‘Época que mudou o Mundo – anos 60’ (note-se que os convidados têm de adequar as vestes à época retratada… uma forma de dar expressão ao anunciado Carnaval-todo-o-ano, claro está), que terá lugar na Fortaleza de Santiago. Tendo em consideração que, como referido no texto ‘O início do ano lectivo’, existem cerca de 700 professores e educadores no concelho… é fazer as contas!

11 comentários:

Anônimo disse...

Esse repasto pagava o prolongamento de horário na primária. Uma vergonha. "A educação é o pelouro mais importante."

Anônimo disse...

Anónimo das 2:36AM,
A educação é o pelouro mais importante para quem e para quê? ALguém me diz?

Anônimo disse...

Desculpe. E quando é a recepção à comunidade piscatória?
E a recepção à comunidade dos empregados do comercio?

Anônimo disse...

o lixo atrai lixo

Anônimo disse...

Temos de denunciar esta farsa da Felícia.
Os professores são Gente adulta que não se pode deixar enganar com papas para tolos.
Estou pronta para lá ir e fazer bagunça denunciando mais esta dose de Carnaval todo o Ano.
Quanto vai custar mais este Carnaval?.
No executivo da Câmara a oposição não diz nada a isto?

E na Assembleia Municipal a Drª Odete Graça vai engolir mais esta?

Tenhamos coragem e denunciemos esta fantochada.

Anônimo disse...

Pois é... com papas e bolos se enganam os tolos. Mas, só vai lá quem quer... estou farto de palhaçadas. Aliás é só o que faz esta vereadora...

Anônimo disse...

"Pronta para lá ir e fazer bagunça?" .De certeza que não é de Sesimbra, porque aqui nós ameaçamos, maldizemos mas nunca, mas mesmo nunca agimos. Deixem lá a Felícia brincar ao Carnaval!

Anônimo disse...

Sim porque contas, contas, quem quiser que as faça.

Anônimo disse...

A acção politica da Vereadora daria um optimo samba enrredo para o poximo carnaval

Anônimo disse...

Inspiração para as convidadas da vereadora

Os anos 60 vão apagar as belas damas de poses estudadas. Irão impor a juventude, uma sexualidade liberta e uma mistura racial. As modelos chamam-se Hiroko, primeira modelo asiática roubada por Cardin às ruas de Tóquio; Twiggy com silhueta de delgada haste, juvenil e andrógina, imagem de marca dos anos pop; Jean Shrimpton, sexy, desportiva, olhos enormes; Verushka, a gigante aristocrática; Penelope Tree, a mulher-criança marciana; ou ainda a japonesa Sayoko, na casa Kenzo, a encarnação perfeita da mistura Oriente-Ocidente. Sonyale Luna, descoberta por Paco Rabanne, é a primeira modelo negra a desfilar, em 1967. Edmonde Charles-Roux exibe-a na Vogue. Escândalo. Courrèges recruta as suas modelos na rua. Também ele adere às beldades negras – Rose-Marie e Monique, mestiças, são modelos de estúdio desde 1961.

Paralelamente, estrelas e cantoras – gente da época – vão assumir um outro papel. Françoise Hardy veicula a imagem de Courrèges, de Yves Saint Laurent e de Paco Rabanne. Sylvie Vartan, a de Yves Saint Laurent no palco, a de Dior, por Marc Bohan na cidade. “Os anos do pronto-a-vestir com Cacharel, Daniel Hechter, Aujard, Dorothée Bis, Kenzo, Emmanuelle Khanh, Christiane Bailly (ambas ex-modelos) vão introduzir raparigas que eram parecidas com amigas, bandas sonoras, orquestras de jazz no palco. Era vivo, era alegre”, recorda Jean--Jacques Picart, que abre o seu escritório de relações com a imprensa em 1969

Por Elisabeth Paillié na revista Máxima

Anônimo disse...

Tema para o próximo ano..."Banda Desenhada". É giríssimo a palhaçada é total...