8 de ago. de 2008

A jogar à defesa

As Câmaras de Sesimbra, Setúbal e Palmela vão recorrer para o Tribunal Central Administrativo do Sul com vista a impedir a co-incineração de resíduos industriais perigosos na cimenteira da Secil, em pleno Parque Natural da Arrábida.
Em declarações ao Correio da Manhã, a presidente da Câmara de Setúbal, Maria das Dores Meira, defendeu: "Enquanto estiver em causa a saúde das populações iremos recorrer à justiça para mais tarde não nos poderem acusar de negligência e que não acautelamos o interesse das pessoas".
E eu que pensava que aquilo que movia estes autarcas era uma real e sincera preocupação com os cidadãos.

4 comentários:

Anônimo disse...

Temos que tomar em consideração que estes autarcas não são pessoas normais. São comunistas. Daí...

Anônimo disse...

A saga das Câmaras da Margem Sul em torno da co-incineração é uma fraude e nada tem ver com as populações, a sua saúde ou sequer motivações de natureza ambiental ligadas à protecção da natureza. A questão é completamente outra e é muito simples. Trata-se, apenas, de o PCP buscar uma qualquer margem de negociação com o governo por intermédio de um litígio fabricado nos tribunais. Ao mesmo tempo, estas operações procuram dar uma imagem junto da opinião pública nacional que se aproxime do discurso "verde", que não tem qualquer correspondência com a prática urbanística e ambiental das respectivas autarquias (que é muito má), mas que é essencial para assegurar a homogeneidade do partido. Por outro lado ainda, o PCP, que governa todas as autarquias do distrito de Setúbal com a excepção de três delas, quer mostrar ao governo que é um lobby poderoso e que tudo o que aqui se faz deve ter o seu assentimento. Eles consideram que a Margem Sul é um feudo do PCP. Foi por isso, que numa concentração junto do Governo Civil de Setúbal, realizada há pouco tempo, se juntaram escassas dezenas de pessoas, entre as quais nove Presidentes de Câmara da Margem Sul. Percebe-se a importância política que o PCP dá a uma concentração marginal em termos de eficácia prática, mas de elevado valor simbólico à luz do acaba de ser dito.
Na realidade a questão da co-incineração está mal colocada, pois trata-se de um método de eliminação de resíduos sem impactos significativos (como atestaram as análises da Comissão de Acompanhamento), ou com impactos idênticos a outros métodos igualmente eficazes. Não há, em rigor, nenhum problema para a saúde pública. A co-incineração é usada em todo o mundo e os impactos conhecidos são mínimos. O problema da co-incineração é verdadeiramente a existência de uma cimenteira e de pedreiras no Parque Natural da Arrábida. É inadmissível que as Câmaras do PCP tenham andado estes anos todos desde o 25 de Abril num conluio total com aquelas chagas ambientais (particularmente em Setúbal e Sesimbra) recebendo todo o tipo de contrapartidas e fornecendo benesses, e agora essas mesmas autarquias manifestam-se contra uma muito pequena parcela das actividades que ajudaram a criar. É muita hipocrisia e muito oportunismo político!

Anônimo disse...

Concordo plenamente com as afirmações anteriores, tamto mais que na Assembleia Municipal de Sesimbra, uma bancada quanto à questão da co-incineração, levantou a questão de só falamos de co-incineração porque temos ali uma cimenteira, pelo que deveriamos era repensar uma solução para a cimenteira que resolvia o problema da co-incineração.
O PCP ficou foribundo, pois a conversa não lhe apitava, pois as contrapartidas da Secil eles aceitam, o resto não.
Por último, sem co-inceneração, na Arrábida ou noutro local, continuamos a ter os RIP por aí ao deus dará, assim se vive em Portugal.

Anônimo disse...

As oportunidades estão em www.sesimbrajobs.blogspot.com