A última edição do jornal ‘Nova Morada’ inclui uma entrevista a Rui Veloso, o «pai do rock português» que no passado Sábado deu um concerto no cine-teatro João Mota.
Vejamos o que disse o cantor sobre a vila que o recebeu, numa sala que, como sublinhou durante a actuação, é «tão pequena», que se sentiu como se estivesse na sua sala de jantar.
«Sesimbra ainda era um outro planeta e não tinha nada a ver com o que é hoje!»
(Referindo-se à Sesimbra que conheceu e visitou durante a infância.)
«Acho que em Sesimbra, como em outros concelhos do país, construiu-se demais. Deixamos construir sem planeamento.»
«Havia aqui um potencial extraordinário que obviamente foi estragado... talvez se possa corrigir alguma coisa, mas o furor do betão e dos empreiteiros estragou muito no nosso país.»
«Falta é um bocadinho de espaço que foi ocupado pelo betão, que não devia nem podia ser tanto.»(Referindo-se à praia.)
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7 comentários:
Esse Rui Veloso nunca me enganou. Está feito com essa gentinha, essa cambada de vegetarianos, amigos dos pinheiros e das ervinhas. Não sei como a Vereadora Felicia o contratou. Então não gostou do betão da Vila. Queria mais espaço na praia? Ó para ele. Felizmente o Presidente Augusto Polvora tem visão para o desenvolvimento e não vai em cantigas.
Nós estamos habituados a ver todos os dias os horrores que se foram fazendo nas últimas décadas e, por isso, já estamos insensíveis. Mas quem vem de fora e já cá não passa há muito tempo fica chocado com a verdadeira obscenidade que povoa muitos locais do nosso concelho. O pior de tudo é que Sesimbra depende, mais que nenhum outro lugar, das pessoas de fora. Por isso, o que sobra são aqueles consumidores que não dão grande valor à destruição entretanto encetada, mas que também não interessam a ninguém, porque não têm poder de compra.
O Rui Veloso concerteza que não está nada preocupado com aquilo que se construiu em Sesimbra. O que ele estava verdadeiramente interessado era nos 19.000 Euros que veio sacar a estes papalvos da câmara, que com este dinheiro podiam evitar os vergonhosos remedos que estão a dar ás ruas de Sesimbra, e a transformá-las numa imagem vergonhosa da vila.
19.000?
É verdade. Foram 19.000 Euros.
Se aos 19.000€ somar o resto do custo do espetaculo (publicidade, refeições, horas extra)...
Tendo em conta que a sala leva 240 pessoas, quanto terá custado cada espectador?
Por onde anda o dinheirinho dos nossos esgotos, da contribuição autárquica, da água, das licenças de construção... and soo on.
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