28 de jul. de 2006
21 de jul. de 2006
Descubra os erros
Não, não vou escrever sobre erros ortográficos ou sequer gramaticais. Deixemos a poeira pousar sobre esse assunto que parece enervar muita gente. Os que são corrigidos e... os outros que para o caso não interessam. Adiante!
Num site informativo que dá eco do que se passa na região de Setúbal, descobri algumas informações curiosas.
Espreitem e vejam lá se não tenho razão. Dou apenas uma dica: verifiquem a informação sobre fundo cinza. Não vos cheira a... regresso ao passado?
Ver aqui.
Num site informativo que dá eco do que se passa na região de Setúbal, descobri algumas informações curiosas.
Espreitem e vejam lá se não tenho razão. Dou apenas uma dica: verifiquem a informação sobre fundo cinza. Não vos cheira a... regresso ao passado?
Ver aqui.
20 de jul. de 2006
Fluir
Talvez em ti acabem hoje todas as nascentes,
e nas rugas que, numa e noutra face,
esculpiram o medo e a sabedoria,
se possa ler em comovido olhar
o princípio, o meio e o fim desse caudaloso
fluir que outrora chamámos vida.
Talvez agora, tal como ontem e sempre,
comece a própria morte,
aquilo que nos devora,
aquilo que nos convoca para o silêncio e para
a mão que escreve, sonâmbula e feroz,
estremecendo.
José Agostinho Baptista
Agora e na Hora da Nossa Morte
e nas rugas que, numa e noutra face,
esculpiram o medo e a sabedoria,
se possa ler em comovido olhar
o princípio, o meio e o fim desse caudaloso
fluir que outrora chamámos vida.
Talvez agora, tal como ontem e sempre,
comece a própria morte,
aquilo que nos devora,
aquilo que nos convoca para o silêncio e para
a mão que escreve, sonâmbula e feroz,
estremecendo.
José Agostinho Baptista
Agora e na Hora da Nossa Morte
19 de jul. de 2006
Uma nova marginal
Curtos passeios pela zona agora apelidada de “nova marginal” têm-me permitido experienciar coisas que até aqui seriam impensáveis.
1) O olhar cruza-se com os bonitos e luzidios caixotes do lixo desenhados pelo Siza Vieira. Pena que o cheiro que deles emana seja nauseabundo. Estes pequenos contentores são utilizados, não só pelos transeuntes, mas também, como seria de esperar, pelos comerciantes das redondezas que não têm outras opções. Certos dias torna-se difícil conseguir apreciar a (tão propalada) beleza arquitectónica dos caixotes do Siza porque estão quase totalmente cobertos de caixotes de papelão e sacos. Só se sabe que eles lá estão… pelo cheiro.
2) Tenho a estranha sensação de que todas as semanas abre um café na “nova marginal”. É sempre uma experiência interessante poder variar na bica com mais frequência do que seria de esperar. Ora, ontem estive num espaço onde paguei 1.20€ por um café (240 escudos por uma bica curta…), ora amanhã vou ao outro onde pago 1.70€ por uma imperial. Por este andar, o melhor é pôr um ponto final nestas experiências senão tenho de abrir falência.
3) Há uns anos, quando a praia de Sesimbra me parecia enorme, ir para o caneiro, para a praia dos amigos, ou para a prainha, eram coisas muito diferentes. Pela praia frequentada era possível adivinhar as companhias. (Diz-me a praia que frequentas, dir-te-ei quem és.) Hoje, ficar em qualquer um destes espaços cujas fronteiras desapareceram há muito, é indiferente. Encontro pessoal do caneiro na pedra alta. Pessoas que estavam na prainha, junto à fortaleza e por aí fora. Ontem decidi ir para o caneiro que não visitava desde o ano passado. Fiquei estupefact@ ao perceber que tinha quase de ficar encostad@ à rocha para poder espetar o chapéu-de-sol na areia, pois até lá é interdito e os toldos ocupam a maior extensão. Realmente, a praia está a ficar cada vez mais pequena.
Os tempos mudam e sinal disso é a incaracterística “nova marginal”.
1) O olhar cruza-se com os bonitos e luzidios caixotes do lixo desenhados pelo Siza Vieira. Pena que o cheiro que deles emana seja nauseabundo. Estes pequenos contentores são utilizados, não só pelos transeuntes, mas também, como seria de esperar, pelos comerciantes das redondezas que não têm outras opções. Certos dias torna-se difícil conseguir apreciar a (tão propalada) beleza arquitectónica dos caixotes do Siza porque estão quase totalmente cobertos de caixotes de papelão e sacos. Só se sabe que eles lá estão… pelo cheiro.
2) Tenho a estranha sensação de que todas as semanas abre um café na “nova marginal”. É sempre uma experiência interessante poder variar na bica com mais frequência do que seria de esperar. Ora, ontem estive num espaço onde paguei 1.20€ por um café (240 escudos por uma bica curta…), ora amanhã vou ao outro onde pago 1.70€ por uma imperial. Por este andar, o melhor é pôr um ponto final nestas experiências senão tenho de abrir falência.
3) Há uns anos, quando a praia de Sesimbra me parecia enorme, ir para o caneiro, para a praia dos amigos, ou para a prainha, eram coisas muito diferentes. Pela praia frequentada era possível adivinhar as companhias. (Diz-me a praia que frequentas, dir-te-ei quem és.) Hoje, ficar em qualquer um destes espaços cujas fronteiras desapareceram há muito, é indiferente. Encontro pessoal do caneiro na pedra alta. Pessoas que estavam na prainha, junto à fortaleza e por aí fora. Ontem decidi ir para o caneiro que não visitava desde o ano passado. Fiquei estupefact@ ao perceber que tinha quase de ficar encostad@ à rocha para poder espetar o chapéu-de-sol na areia, pois até lá é interdito e os toldos ocupam a maior extensão. Realmente, a praia está a ficar cada vez mais pequena.
Os tempos mudam e sinal disso é a incaracterística “nova marginal”.
18 de jul. de 2006
Desmazelos
Há coisas que custam a entender. É conhecida a aposta financeira e em termos humanos que o actual executivo da Câmara Municipal de Sesimbra tem feito na área da comunicação e imagem. Não consigo, por isso, perceber porque raio o site da autarquia é tão fraco e descuidado. Estamos a 18 de Julho de 2006 (9.40 horas) e, num Verão que prometeram recheado de eventos e animação, vejamos o que nos anuncia o site:
- De 22 de Junho a 2 de Julho - Exposição de Maria de Lurdes Brites alusiva aos Santos Populares;
- De 17 de Junho a 15 de Julho – III Exposição Internacional de Artes Plásticas;
- 16 de Julho – Zimbra’Antiga;
- 25 de Junho e 9 de Julho – Zimbr’Arte
Por fim, está ainda disponível para download o ficheiro com a programação alusiva aos Santos Populares que terminou a 1 de Julho.
Tudo completamente ultrapassado!
Confesso que a minha intenção até era boa. Consultei o site na expectativa de descobrir um espectáculo para o fim-de-semana. Como a ‘sesimbr’acontece’ me faz urticária, costumo recorrer ao site onde, normalmente, evitam os textos sem jeito nem amanho. Mas nem assim…
- De 22 de Junho a 2 de Julho - Exposição de Maria de Lurdes Brites alusiva aos Santos Populares;
- De 17 de Junho a 15 de Julho – III Exposição Internacional de Artes Plásticas;
- 16 de Julho – Zimbra’Antiga;
- 25 de Junho e 9 de Julho – Zimbr’Arte
Por fim, está ainda disponível para download o ficheiro com a programação alusiva aos Santos Populares que terminou a 1 de Julho.
Tudo completamente ultrapassado!
Confesso que a minha intenção até era boa. Consultei o site na expectativa de descobrir um espectáculo para o fim-de-semana. Como a ‘sesimbr’acontece’ me faz urticária, costumo recorrer ao site onde, normalmente, evitam os textos sem jeito nem amanho. Mas nem assim…
Será que estes senhores percebem que o site pode ser consultado por qualquer pessoa, em qualquer lugar e a qualquer hora?... E que situações deste tipo não abonam a favor da autarquia transmitindo antes uma imagem de alguma incúria? Até porque, provavelmente, o turista que nos vem visitar no próximo fim-de-semana, não virá à procura apenas de sol e mar e não tem acesso à pérola 'sesimbr'acontece'...
A Sopa errou
Agradeço ao anonymous das 5:10PM a correcção. O grupo O'QueStrada é, de facto, composto por 5 músicos: a guitarra à portuguesa, a contra-bacia, a guitarra rítmica, a voz e o acordeão. Não se trata, por isso, de um quarteto como ontem anunciei, mas sim de um quinteto.
Aproveito para recordar que é um espectáculo a não perder!
Aproveito para recordar que é um espectáculo a não perder!
17 de jul. de 2006
Nada acontece
A mais recente edição da ‘sesimbr’acontece’ não desilude quando comparado com o que tem vindo a ser feito.
A presença dos O’QueStrada na capa desta publicação até poderia induzir o contrário. Os espectáculos que este quarteto tem realizado, às sextas-feiras, no átrio do Teatro Nacional D. Maria II, são imprevistos e boas surpresas. (Atenção que eles vão estar no dia 29 no Largo José António Pereira.)
Por contraposição, pouco de novo nos é oferecido pelo conteúdo de mais esta edição da agenda municipal.
Digo pouco porque, na realidade, notei, com interesse, que o texto que, habitualmente, abre a publicação deixou de ser assinado pela vice-presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Felícia Costa, mas passou a ser assinado pela vereadora do pelouro da Cultura, Felícia Costa. Fico sem perceber se são homónimas ou heterónimos; ora aparece a Felícia-vice, ora aparece a Felícia-vereadora.
Fora isso, os restantes textos continuam insípidos, insonsos e inodoros. A pérola é o texto sobre a Feira do Livro de Sesimbra.
Livros… Haveria tanto para dizer sobre os livros. Mas, na ‘sesimbr’acontece’ só se lembram de afirmar coisas tão interessantes como a necessidade de os livros chegarem «cada vez mais cedo ao contacto com as nossas crianças tornando-se um companheiro do berço tal como o urso e a chupeta».
A presença dos O’QueStrada na capa desta publicação até poderia induzir o contrário. Os espectáculos que este quarteto tem realizado, às sextas-feiras, no átrio do Teatro Nacional D. Maria II, são imprevistos e boas surpresas. (Atenção que eles vão estar no dia 29 no Largo José António Pereira.)
Por contraposição, pouco de novo nos é oferecido pelo conteúdo de mais esta edição da agenda municipal.
Digo pouco porque, na realidade, notei, com interesse, que o texto que, habitualmente, abre a publicação deixou de ser assinado pela vice-presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Felícia Costa, mas passou a ser assinado pela vereadora do pelouro da Cultura, Felícia Costa. Fico sem perceber se são homónimas ou heterónimos; ora aparece a Felícia-vice, ora aparece a Felícia-vereadora.
Fora isso, os restantes textos continuam insípidos, insonsos e inodoros. A pérola é o texto sobre a Feira do Livro de Sesimbra.
Livros… Haveria tanto para dizer sobre os livros. Mas, na ‘sesimbr’acontece’ só se lembram de afirmar coisas tão interessantes como a necessidade de os livros chegarem «cada vez mais cedo ao contacto com as nossas crianças tornando-se um companheiro do berço tal como o urso e a chupeta».
13 de jul. de 2006
O que a Secil pode e os pescadores não
O professor jubilado do Instituto Superior Técnico, Delgado Domingos, acusou o governo de ter perdido legitimidade política ao eliminar, "ilegalmente", uma cláusula do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida (POPNA) que proibia a co-incineração de resíduos perigosos na cimenteira do Outão.
Durante um debate sobre a co-incineração de resíduos perigosos promovido pelo Movimento de Cidadãos pela Arrábida, o professor catedrático do Instituto Superior Técnico lembrou que um dos maiores riscos da co-incineração de resíduos perigosos está relacionado com os efeitos nefastos das emissões de "dioxinas e furanos" para a saúde pública, que poderão subsistir durante muitos anos.
Delgado Domingos referiu também que não houve nenhum estudo ambiental que justificasse a opção do governo pela co-incineração na Arrábida.
Durante um debate sobre a co-incineração de resíduos perigosos promovido pelo Movimento de Cidadãos pela Arrábida, o professor catedrático do Instituto Superior Técnico lembrou que um dos maiores riscos da co-incineração de resíduos perigosos está relacionado com os efeitos nefastos das emissões de "dioxinas e furanos" para a saúde pública, que poderão subsistir durante muitos anos.
Delgado Domingos referiu também que não houve nenhum estudo ambiental que justificasse a opção do governo pela co-incineração na Arrábida.
Excerto de notícia da Agência Lusa
11 de jul. de 2006
Nada de misturas
As juntas de Freguesia de Santiago e do Castelo candidataram-se, em conjunto, ao Programa Comunitário de Ajuda Alimentar a Carenciados/2006 (PCAAC). De fora ficou a Quinta do Conde, fenómeno que os dois presidentes (Félix Rapaz, de Santiago, e Francisco Jesus, do Castelo) atribuem à “distância geográfica desta freguesia”.
Ler notícia aqui.
O 'Setúbal na Rede' que publicou a notícia fala num "fenómeno" que poderia ser justificado das mais diversas formas. Parece-me que a "distância geográfica" não é, de longe, a melhor desculpa para discriminar uma parte da população do concelho.
6 de jul. de 2006
Promiscuidades e esmagamentos
Sesimbrenses acusam câmara de “promiscuidade” com promotor
Um grupo de 40 cidadãos, entre os quais se encontram o ex-ministro socialista Eduardo Pereira e o presidente do Geota, Carlos Nunes da Costa, acaba de entregar uma contestação ao Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra (PPZSMS), no âmbito da discussão pública sobre o empreendimento, que acusa a câmara de “promiscuidade” com os promotores imobiliários e exige a elaboração de outro plano de pormenor (PP).
Entre os subscritores do documento estão os sesimbrenses que, há cerca de três meses, ameaçaram interpor uma providência cautelar contra este processo. Na ocasião, contestavam a ausência, durante o período de consulta pública, dos pareceres de entidades como a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR-LVT), Instituto de Conservação da Natureza (ICN) ou Direcção-Geral do Turismo (DGT).
De acordo com Adelino Fortunato, um dos subscritores, a providência acabou por não avançar “porque entretanto o presidente da câmara reconheceu a insuficiência e abriu um novo período de discussão”. (…) Segundo Adelino Fortunato, “todas as entidades levantam problemas e questionam a sustentabilidade económica e social” do empreendimento.
O PPZSMS reporta a um acordo firmado entre o ex-ministro Isaltino Morais, a Câmara de Sesimbra, a imobiliária Pelicano e a promotora Aldeia do Meco – para onde estava previsto um outro empreendimento. “Não resulta, portanto, de uma acção de ordenamento do território patrocinada pelo interesse público”, consideram os signatários da contestação. (…)
Além disso, levantam suspeitas quanto à legitimidade de um PP “encomendado pela autarquia a técnicos que pertencem aos quadros da Pelicano ou são seus assessores”. No seu entender, é “gravíssima a promiscuidade verificada ao longo de todo este processo entre os órgãos de gestão autárquica e os promotores imobiliários”. (…)
Acusações que o presidente da autarquia, Augusto Pólvora, refuta, afirmando que “nada há de ilegal” na nomeação da equipa que elaborou o PP. “A Pelicano propôs uma equipa técnica que a câmara aprovou, em 2003, por unanimidade, ao mesmo tempo que aprovou os termos de referência para a elaboração do plano de pormenor, como a área, os índices e os objectivos”, explica Augusto Pólvora, frisando ainda que “era a empresa que representava os proprietários e que já tinha acordos com eles”, acrescenta o autarca.
População teme “esmagamento” de Sesimbra
O número de camas previsto para a zona sul da mata de Sesimbra – 31 mil – é uma das principais preocupações dos cidadãos que se opõem ao projecto. Aos 37 mil habitantes do concelho vão juntar-se, com as duas fases do empreendimento, “mais 83 mil”. Tendo em conta que, em toda a Costa Azul, existem actualmente dez mil camas, os subscritores da contestação consideram que “não há enquadramento deste projecto no quadro mais geral das necessidades de desenvolvimento regional” e dizem que “nada garante que esta não venha a transformar-se numa área de segunda habitação”. (...)
Excertos da notícia publicada no Público de 5 de Julho
Um grupo de 40 cidadãos, entre os quais se encontram o ex-ministro socialista Eduardo Pereira e o presidente do Geota, Carlos Nunes da Costa, acaba de entregar uma contestação ao Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra (PPZSMS), no âmbito da discussão pública sobre o empreendimento, que acusa a câmara de “promiscuidade” com os promotores imobiliários e exige a elaboração de outro plano de pormenor (PP).
Entre os subscritores do documento estão os sesimbrenses que, há cerca de três meses, ameaçaram interpor uma providência cautelar contra este processo. Na ocasião, contestavam a ausência, durante o período de consulta pública, dos pareceres de entidades como a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR-LVT), Instituto de Conservação da Natureza (ICN) ou Direcção-Geral do Turismo (DGT).
De acordo com Adelino Fortunato, um dos subscritores, a providência acabou por não avançar “porque entretanto o presidente da câmara reconheceu a insuficiência e abriu um novo período de discussão”. (…) Segundo Adelino Fortunato, “todas as entidades levantam problemas e questionam a sustentabilidade económica e social” do empreendimento.
O PPZSMS reporta a um acordo firmado entre o ex-ministro Isaltino Morais, a Câmara de Sesimbra, a imobiliária Pelicano e a promotora Aldeia do Meco – para onde estava previsto um outro empreendimento. “Não resulta, portanto, de uma acção de ordenamento do território patrocinada pelo interesse público”, consideram os signatários da contestação. (…)
Além disso, levantam suspeitas quanto à legitimidade de um PP “encomendado pela autarquia a técnicos que pertencem aos quadros da Pelicano ou são seus assessores”. No seu entender, é “gravíssima a promiscuidade verificada ao longo de todo este processo entre os órgãos de gestão autárquica e os promotores imobiliários”. (…)
Acusações que o presidente da autarquia, Augusto Pólvora, refuta, afirmando que “nada há de ilegal” na nomeação da equipa que elaborou o PP. “A Pelicano propôs uma equipa técnica que a câmara aprovou, em 2003, por unanimidade, ao mesmo tempo que aprovou os termos de referência para a elaboração do plano de pormenor, como a área, os índices e os objectivos”, explica Augusto Pólvora, frisando ainda que “era a empresa que representava os proprietários e que já tinha acordos com eles”, acrescenta o autarca.
População teme “esmagamento” de Sesimbra
O número de camas previsto para a zona sul da mata de Sesimbra – 31 mil – é uma das principais preocupações dos cidadãos que se opõem ao projecto. Aos 37 mil habitantes do concelho vão juntar-se, com as duas fases do empreendimento, “mais 83 mil”. Tendo em conta que, em toda a Costa Azul, existem actualmente dez mil camas, os subscritores da contestação consideram que “não há enquadramento deste projecto no quadro mais geral das necessidades de desenvolvimento regional” e dizem que “nada garante que esta não venha a transformar-se numa área de segunda habitação”. (...)
Excertos da notícia publicada no Público de 5 de Julho
5 de jul. de 2006
Uma citação
«Como sublinha Ladany, um regime comunista assenta em três pilares: a dialéctica, o poder do Partido e a polícia secreta. (Quanto ao marxismo, pouco mais representa do que um elemento facultativo; durante a maior parte do tempo, o regime pode passar perfeitamente sem ele.)
A dialéctica é a gaia ciência que permite ao Líder Máximo ter sempre razão; com efeito, mesmo quando se engana, engana-se no bom momento, de modo que tem razão em se enganar; o inimigo, pelo contrário, mesmo quando tem razão, tem razão no mau momento, o que faz com que se engane ao ter razão.»
LEYS, Simon Ensaios Sobre a China, Ensaio, Livros Cotovia, p.40
A dialéctica é a gaia ciência que permite ao Líder Máximo ter sempre razão; com efeito, mesmo quando se engana, engana-se no bom momento, de modo que tem razão em se enganar; o inimigo, pelo contrário, mesmo quando tem razão, tem razão no mau momento, o que faz com que se engane ao ter razão.»
LEYS, Simon Ensaios Sobre a China, Ensaio, Livros Cotovia, p.40
4 de jul. de 2006
Como é que foi que disse?
Na penúltima edição do jornal ‘O Sesimbrense’ foi anunciado que a providência cautelar, prometida por alguns contestatários do projecto imobiliário previsto para a mata de Sesimbra, afinal, não seria entregue.
A “notícia” não era confirmada. O(a) seu/sua autor(a) afirmava-o claramente:
«E fizeram-no, ao que julgamos saber, porque houve tácito conhecimento de uma nova decisão da Edilidade, em consequência do teor das críticas das três sessões de discussão pública». E acrescentava ainda: «ao que julgamos saber, o expediente jurídico da providência cautelar não vai avançar».
Tudo mera suposições… que, curiosamente, surgiam na mesma edição em que o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra deu uma extensa entrevista sobre o turismo… ou melhor, sobre o projecto previsto para a Mata, suas vantagens e benefícios.
Como diria uma escritora light da nossa praça: não há coincidências.
Na sua última edição, ‘O Sesimbrense’ dá o dito pelo não dito. Ou melhor, é obrigado a precisar as conjecturas avançadas. Afinal, «de facto, o que houve foi a “travagem” sequencial que a noticia deixa perceber, aguardando diversas clarificações solicitadas à Câmara».
Não percebo, por isso, porque continuam a chamar-lhe “notícia”. De qualquer forma, o jornal parece assumir o erro.
Mas assumirá mesmo?
Afinal, o(a) seu/sua autor(a) escreve que até há qualquer coisa de verdadeiro que a 1.ª notícia «deixa perceber». Mas não afirma. Apenas sugere.
Essa 2.ª “notícia” diz ainda: «Expirado em 25 de Junho o prazo estabelecido, os mentores da providência cautelar estão a analisar o que puderam apurar, complementarmente, decidindo então se vão ou não avançar com os propósitos enunciados».
A partir daqui, o leitor supõe que o prazo que expirou diz respeito ao prolongamento da discussão pública. No entanto, esse apenas terminou em 27 de Junho, como tal, não se percebe a que se refere o texto.
Por fim, concluiu-se que «há que aguardar» que os subscritores da providência cautelar analisem os factos. Mas mesmo essa informação é inferida. Diz a “notícia”: «E é isso mesmo que se infere do texto de “Ondulações” que Eduardo Pereira assina nesta mesma página de leitura obrigatória para os muitos interessados».
Com tanto diz que disse, dá vontade de pedir: explique-me lá o que quer dizer, mas como se eu fosse muito burr@.
A “notícia” não era confirmada. O(a) seu/sua autor(a) afirmava-o claramente:
«E fizeram-no, ao que julgamos saber, porque houve tácito conhecimento de uma nova decisão da Edilidade, em consequência do teor das críticas das três sessões de discussão pública». E acrescentava ainda: «ao que julgamos saber, o expediente jurídico da providência cautelar não vai avançar».
Tudo mera suposições… que, curiosamente, surgiam na mesma edição em que o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra deu uma extensa entrevista sobre o turismo… ou melhor, sobre o projecto previsto para a Mata, suas vantagens e benefícios.
Como diria uma escritora light da nossa praça: não há coincidências.
Na sua última edição, ‘O Sesimbrense’ dá o dito pelo não dito. Ou melhor, é obrigado a precisar as conjecturas avançadas. Afinal, «de facto, o que houve foi a “travagem” sequencial que a noticia deixa perceber, aguardando diversas clarificações solicitadas à Câmara».
Não percebo, por isso, porque continuam a chamar-lhe “notícia”. De qualquer forma, o jornal parece assumir o erro.
Mas assumirá mesmo?
Afinal, o(a) seu/sua autor(a) escreve que até há qualquer coisa de verdadeiro que a 1.ª notícia «deixa perceber». Mas não afirma. Apenas sugere.
Essa 2.ª “notícia” diz ainda: «Expirado em 25 de Junho o prazo estabelecido, os mentores da providência cautelar estão a analisar o que puderam apurar, complementarmente, decidindo então se vão ou não avançar com os propósitos enunciados».
A partir daqui, o leitor supõe que o prazo que expirou diz respeito ao prolongamento da discussão pública. No entanto, esse apenas terminou em 27 de Junho, como tal, não se percebe a que se refere o texto.
Por fim, concluiu-se que «há que aguardar» que os subscritores da providência cautelar analisem os factos. Mas mesmo essa informação é inferida. Diz a “notícia”: «E é isso mesmo que se infere do texto de “Ondulações” que Eduardo Pereira assina nesta mesma página de leitura obrigatória para os muitos interessados».
Com tanto diz que disse, dá vontade de pedir: explique-me lá o que quer dizer, mas como se eu fosse muito burr@.
3 de jul. de 2006
Perfis sem jeito nem amanho
A penúltima edição do jornal O Sesimbrense apresentava-nos, da forma abaixo descrita, o presidente da Câmara Municipal de Sesimbra:
«Augusto Manuel Neto Carapinha Pólvora, autêntico sesimbrense, de raiz, pertencente a típicas famílias pexitas, de par marítimo, de boa memória, é Arquitecto (formado em Paratislava, capital da novíssima Eslováquia) e está a cumprir valiosa carreira autárquica desde 1997 com acesso à Presidência da Câmara pela CDU, em finais de 2005. Enquanto Vereador, tendo a seu cargo importantes Pelouros, exerceu actividade profissional com arquitecto na Câmara do Seixal. Tem 47anos de idade, vive no progressivo reduto habitacional do Pereirinha, muito perto do Espichel, é casado e tem dois filhos. Gosta (e pratica) de Desporto, exibe elevado nível de comunicabilidade e mantém, como seu importante trunfo pessoal, um grande apego a Sesimbra.»
a) Augusto Pólvora é um «Arquitecto» com maiúscula.
b) Formado em «Paratislava»... uma terra que não existe. A capital da «novíssima Eslováquia» chama-se, segundo consta, Bratislava.
c) Está a cumprir «valiosa carreira autárquica», duma forma como nenhum jornalista isento poderia qualificar.
d) Enquanto exerceu a actividade profissional na Câmara do Seixal foi «arquitecto», com minúscula.
e) Vive no «progressivo reduto habitacional do Pereirinha». «Progressivo reduto habitacional»?! «Pereirinha»?! As pereirinhas dão pêras pequeninas. Os pinheirinhos dão pinhas pequeninas. É um bocadinho diferente.
f) «Exibe elevado nível de comunicabilidade», duma forma como nenhum jornalista isento escreve, embora possa, eventualmente, pensar.
Ai, ai... esta imprensa regional...
«Augusto Manuel Neto Carapinha Pólvora, autêntico sesimbrense, de raiz, pertencente a típicas famílias pexitas, de par marítimo, de boa memória, é Arquitecto (formado em Paratislava, capital da novíssima Eslováquia) e está a cumprir valiosa carreira autárquica desde 1997 com acesso à Presidência da Câmara pela CDU, em finais de 2005. Enquanto Vereador, tendo a seu cargo importantes Pelouros, exerceu actividade profissional com arquitecto na Câmara do Seixal. Tem 47anos de idade, vive no progressivo reduto habitacional do Pereirinha, muito perto do Espichel, é casado e tem dois filhos. Gosta (e pratica) de Desporto, exibe elevado nível de comunicabilidade e mantém, como seu importante trunfo pessoal, um grande apego a Sesimbra.»
a) Augusto Pólvora é um «Arquitecto» com maiúscula.
b) Formado em «Paratislava»... uma terra que não existe. A capital da «novíssima Eslováquia» chama-se, segundo consta, Bratislava.
c) Está a cumprir «valiosa carreira autárquica», duma forma como nenhum jornalista isento poderia qualificar.
d) Enquanto exerceu a actividade profissional na Câmara do Seixal foi «arquitecto», com minúscula.
e) Vive no «progressivo reduto habitacional do Pereirinha». «Progressivo reduto habitacional»?! «Pereirinha»?! As pereirinhas dão pêras pequeninas. Os pinheirinhos dão pinhas pequeninas. É um bocadinho diferente.
f) «Exibe elevado nível de comunicabilidade», duma forma como nenhum jornalista isento escreve, embora possa, eventualmente, pensar.
Ai, ai... esta imprensa regional...
Curtas
1. Já nos tinham anunciado isso mesmo: Carnaval todo o ano.
Este fim-de-semana cumpriu-se mais um Carnaval fora de tempo, na fortaleza de Santiago. O letreiro da entrada anunciava: «Samba show’s”. Deduzo que tal anúncio se destinava mais a turistas do que a pexitos. Não sei se foi por isso, mas o que é certo é que houve pouca gente a responder ao apelo e a festa no interior da fortaleza não vingou.
2. Com o futuro incerto e nebuloso do hospital de Sesimbra (ou melhor, com fim mais certo que incerto) e com a construção sempre adiada de um novo centro de saúde na Quinta do Conde, é estranho que os responsáveis da Câmara Municipal de Sesimbra reivindiquem um hospital no concelho do Seixal.
Mais estranho ainda é que na imprensa regional se dê eco a essa pretensão desajeitada.
«Vai haver o “nosso” Hospital
Vai ser uma realidade – e tão depressa quanto possível: o novo Hospital que servirá os progressivos Concelhos de Seixal e Sesimbra (mais de 100 mil habitantes) localizar-se-á na zona do Fogueteiro, ocupando um belíssimo espaço de 80 hectares.A hipótese de ampliação do Hospital Garcia da Horta, em Almada, como solução para os problemas de apoio sanitário deficiente observado em Sesimbra e Seixal foi anulada por força da coesão e firmeza de protestos públicos sob a égide das Edilidades dos respectivos Concelhos. Vai, pois, haver um Hospital “nosso” sesimbrense, condigno, super-necessário. Que não tarde!»
In Jornal O Sesimbrense
3. Ontem (domingo) dezenas de motas encheram a marginal de Sesimbra. Todos os motards envergavam t-shirts brancas onde se podia ler: «mentes perigosas». Não me pareceu que aquela gente pudesse trazer grande mal ao mundo. Mas lá que incomodaram, incomodaram. Na falta de melhor espaço para expor os seus veículos, optaram pelo passeio junto ao muro da praia. Já os peões, esses tinham de andar pela estrada. Foi troca por troca.
Este fim-de-semana cumpriu-se mais um Carnaval fora de tempo, na fortaleza de Santiago. O letreiro da entrada anunciava: «Samba show’s”. Deduzo que tal anúncio se destinava mais a turistas do que a pexitos. Não sei se foi por isso, mas o que é certo é que houve pouca gente a responder ao apelo e a festa no interior da fortaleza não vingou.
2. Com o futuro incerto e nebuloso do hospital de Sesimbra (ou melhor, com fim mais certo que incerto) e com a construção sempre adiada de um novo centro de saúde na Quinta do Conde, é estranho que os responsáveis da Câmara Municipal de Sesimbra reivindiquem um hospital no concelho do Seixal.
Mais estranho ainda é que na imprensa regional se dê eco a essa pretensão desajeitada.
«Vai haver o “nosso” Hospital
Vai ser uma realidade – e tão depressa quanto possível: o novo Hospital que servirá os progressivos Concelhos de Seixal e Sesimbra (mais de 100 mil habitantes) localizar-se-á na zona do Fogueteiro, ocupando um belíssimo espaço de 80 hectares.A hipótese de ampliação do Hospital Garcia da Horta, em Almada, como solução para os problemas de apoio sanitário deficiente observado em Sesimbra e Seixal foi anulada por força da coesão e firmeza de protestos públicos sob a égide das Edilidades dos respectivos Concelhos. Vai, pois, haver um Hospital “nosso” sesimbrense, condigno, super-necessário. Que não tarde!»
In Jornal O Sesimbrense
3. Ontem (domingo) dezenas de motas encheram a marginal de Sesimbra. Todos os motards envergavam t-shirts brancas onde se podia ler: «mentes perigosas». Não me pareceu que aquela gente pudesse trazer grande mal ao mundo. Mas lá que incomodaram, incomodaram. Na falta de melhor espaço para expor os seus veículos, optaram pelo passeio junto ao muro da praia. Já os peões, esses tinham de andar pela estrada. Foi troca por troca.
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