3 de nov. de 2009

Portão de escola sem crianças

Há dias, a notícia da queda de um portão que provocou ferimentos ligeiros numa criança de sete anos, na recém-inaugurada escola do Pinhal do General (Quinta do Conde) surgiu em diversos meios de comunicação social. À TSF, a vereadora da Educação, certamente desprevenida, prestou declarações desastrosas. Segundo Felícia Costa, "eventualmente, qualquer equipamento, não pode estar preparado para uma má utilização, nomeadamente, crianças a brincar e a oscilar em cima do portão. (...)". Para a vereadora, "se não tivéssemos crianças penduradas no portão, ele não teria caído".
É claro que, se não andarmos de carro, e não tivermos de fazer uso desse equipamento para acelerar, por exemplo, não sofremos acidentes.
É claro que, só se não passearmos na rua, nunca correremos o risco de levar com um vaso na cabeça, caído duma varanda.
É claro que se não andarmos de bicicleta, nunca cairemos, nem sequer seremos capazes de partir uma perna.
É claro que se não houvesse pedras na rua, nunca nos partiriam a cabeça com um arremesso.
É claro que, só quem não fala, ou seja, quem não faz uma má utilização do aparelho vocal, não corre o risco de dizer asneiras ou de desafinar.
E é claro, que seria muito mais fácil fazer uma escola sem crianças, já que elas são especialmente propensas a fazer uma má utilização dos equipamentos.

3 comentários:

Anônimo disse...

é claro que quem abre a boca também pode dizer asneiras. às vezes perdem-se oportunidades de se estar calado!

Anônimo disse...

...foi o que aconteceu com a Festícia...

Anônimo disse...

http://gorda-carta.blogspot.com/