«Numa altura em que se assinalam cem anos do abastecimento de água à vila de Sesimbra, a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia do Castelo decidiram criar um programa comemorativo para assinalar a data, que se prolonga por um ano.
Devido à greve da função pública agendada para o dia 1 de Outubro, Dia Nacional da Água, o lançamento do programa foi adiado para o dia 11, sábado, às 16 horas, no Largo do Calvário, em Sesimbra. (...)»
Notícia do site da Câmara Municipal de Sesimbra
30 de set. de 2008
29 de set. de 2008
Párem lá de bater no ceguinho
«O debate feito pela Assembleia Municipal de Sesimbra, no passado dia 11 de Junho, sobre o Estado do Concelho, do qual foi publicado um resumo nas páginas d’O Sesimbrense, revelou uma característica preocupante do debate público: a visão de um Município como se a sua vida se reduzisse à actividade da Câmara Municipal. É verdade que uma das principais competências da Assembleia Municipal é a da fiscalização da actividade do órgão executivo municipal, mas essa função é exercida ao longo de todo ano; o debate sobre o Estado do Concelho deveria abranger também uma reflexão sobre outros aspectos da vida colectiva. Esta visão algo restrita da realidade não é exclusiva da Assembleia Municipal: ela permeia todo o debate público, seja ele veiculado pelos responsáveis políticos, seja por outras entidades, e nomeadamente em artigos de opinião na imprensa. (...)»
Editorial do jornal 'O Sesimbrense'
Editorial do jornal 'O Sesimbrense'
26 de set. de 2008
O caso do "opinador"
O presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto Pólvora, perdeu umas horas do seu, certamente, precioso tempo para alinhavar uma resposta a um determinado artigo de um certo "opinador" do jornal 'Nova Morada'. Não tecerei grandes considerações sobre o nível do texto de resposta que Augusto Pólvora agora fez publicar no mesmo jornal, mas não posso deixar de aqui reproduzir o primeiro parágrafo dessa pérola, por me parecer tão enternecedor e expressivo do resto: "No último número do Nova Morada, um dos "opinadores" residentes, insinuava com base numa entrevista dada por mim em 2001, a um jornal regional, que a minha prática actual era contraditória com o que afirmava nessa entrevista. Como passarei a demonstrar nas linhas que se seguem, sem recurso a tiradas demagógicas mas apenas com base em números e factos indiscutíveis, penso que os leitores facilmente tirarão a conclusão de que o peixe que morre pela boca afinal não sou eu, e que o "tesourinho deprimente" que vai ficar no baú das memórias será provavelmente o artigo que deu origem a esta resposta."
Que dizer sobre tão saudável forma como a discussão é apresentada?...
Mas é assim, apelando ao bom-senso e julgamento dos leitores que Augusto Pólvora abre a prosa. Mas porque será que o presidente não explanou antes as suas razões no jornal 'Raio de Luz' onde mantém um artigo de opinião, onde frequentemente rebate críticas e defende a sua obra? Será que Augusto Pólvora optou, neste caso, por invocar o direito de resposta?
Não se sabe que razões movem o presidente neste caso em particular. Sobre isso nada nos diz. Sabe-se apenas que, apesar que apontar o dedo, Augusto Pólvora nunca identifica ou nomeia o "opinador" cujas ideias tenta rebater. É assim mesmo que se lhe refere: "opinador". O outro não lhe merece mais do que isso. Expressivo, hã?
É, no entanto, o próprio jornal que em ante-título escreve: "Augusto Polvora responde a Américo Gegoloto". Sim, creio que tenha sido o jornal a escrevê-lo porque "Pólvora" leva acento no primeiro "o" e o "opinador" chama-se "Gegaloto".
Sublinhe-se que esta trica tem direito a chamada de capa e os erros repetem-se.
Oh, meus amigos, chamemos os "opinadores" pelos nomes.
24 de set. de 2008
Iluminação
Apesar da exiguidade do areal da praia de Sesimbra, é já habitual a criação de campos de volei e futebol na área frente ao hotel do Mar. Considerando dispensável e questionável essa utilização, não posso deixar de concordar que, além de ser necessário fomentar a prática desportiva, é também importante delimitar espaços numa praia tão pequena, onde uma bola é capaz, certamente, de incomodar muita gente.
No entanto, e como se compreenderá, a montagem do campo de futebol no local onde está, e apesar das redes de protecção, não impediu que muitos apanhassem umas fortes boladas enquanto descansavam de "papo para o ar" a apanhar banhos de sol durante este Verão. Responderão alguns que "quem está mal que se mude". É verdade... Mas encafuar o campo e respectiva bancada naquela prainha antes do pontão, não foi, de facto, uma grande ideia.
Ouvi dizer que no Verão decorre ali um torneio de futebol de praia. Que, também ouvi dizer, tem sido digno de nota, pela ausência de fairplay, pela prática de outra modalidade que não o futebol dentro das 4 linhas, e pela quase total ausência de assistência.
Mas o abandono a que o torneio está votado por parte do público é extensível a quem promove o campo e o deveria dinamizar. Ora bem, durante todo o Verão os holofotes de iluminação do dito cujo ficam ligados até altas horas da noite a dar luz a um campo de areia vazio. Estamos no final de Setembro e o triste espectáculo de... nada e para ninguém continua amplamente iluminado.
22 de set. de 2008
Esplanadas
A Câmara Municipal tem feito grande alarido sobre as obras de recuperação e reconversão de espaços públicos na vila de Sesimbra. É, no entanto, com grande tristeza que vemos importantes largos, praças, artérias e ruas a serem descaracterizadas. O Largo de Bombaldes transformou-se numa enorme esplanada, de serviço a um restaurante. Como se não bastasse, essa esplanada foi envidraçada e hoje mais não é do que um prolongamento do tal restaurante que se apoderou do espaço público, estendendo-se para o exterior. Como tudo isto ainda tem pouco de caricato, a Câmara decidiu pôr a cereja no topo do bolo, colocando uns bancos de pedra a decorar o largo. Não terão, por acaso, reparado que os bancos ficam virados para a tal esplanada. E assim, como quem não quer a coisa, o pessoal pode abancar ali, a salivar para quem se delicia com os petiscos do restaurante.
Um pouco adiante, na Rua Joaquim Brandão há um outro restaurante com nome de obra de Ernest Hemingway. E isto quer dizer: mais uma esplanada enorme no exterior. Como o passeio que existe diante da esplanada já é curto para deixar passar os transeuntes, ainda fazem o favor de lá colocar uma ardósia onde anunciam as iguarias confeccionadas. Quem anda por ali a pé só tem é ir para o meio da estrada para se desviar do menu exposto, porque ali é espaço de esplanada e nada mais interessa. Nem a segurança, nem a boa circulação de pessoas.
Mas o que é que se passa nesta terra!?
Como um mal nunca vem só e atrai mais alarvidades urbanísticas, no último boletim municipal, a Câmara anuncia mais obras e mais verbas para obras. Nada de novo quando as eleições se aproximam a passos largos. Cheira-me que, por este andar, cada vez teremos menos calçada à portuguesa e mais esplanadas.
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