A última Assembleia Municipal de Sesimbra terá sido, sem margem para dúvidas, uma das mais participadas dos últimos tempos, e onde a actuação do executivo camarário foi mais criticada, não pelas bancadas que representam os diversos partidos políticos ali representados, mas pela intervenção do público. Nesse momento da reunião, foram feitas cinco intervenções, sendo que três delas foram bastante críticas. E destas, uma foi... diria mesmo, arrasadora. A resposta do presidente da edilidade foi contida e pouco esclarecedora.
Um dos pontos da ordem do dia implicou a intervenção de representantes da Assembleia Municipal de Jovens. Os estudantes dos diferentes estabelecimentos de ensino do concelho, vá-se lá saber porquê, afinaram pelo mesmo diapasão de crítica, pondo o dedo nas feridas abertas da actual gestão camarária, expondo um rol de legítimas preocupações. Aqui, a resposta do presidente da edilidade foi pouco contida e esclarecedora.
Disse que os jovens, por serem jovens, não tinham sido capazes de efectuar um levantamento correcto dos problemas, mas numa próxima oportunidade teria todo o gosto em deslocar-se às escolas, respondendo, numa fase prévia, às principais questões colocadas pelos alunos.
Ora bem, Augusto Pólvora não só minimizou publicamente a capacidade e inteligência dos alunos, futuros eleitores deste concelho (que se envolveram neste projecto da ‘Assembleia Municipal de Jovens’ que tem como objectivo envolver os estudantes na vida do município, contribuindo assim para a sua formação cívica), como ainda se ofereceu para, numa próxima oportunidade organizar “comiciozinhos” nas escolas.
E esta hein?!
4 de jul. de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
16 comentários:
Concordo inteiramente com a sua observação.
O executivo municipal teve de ouvir a indignação do público, perante as dificuldades que crescem no concelho – quer do ponto de vista do ambiente, do relacionamento com os diversos serviços da autarquia e com a incapacidade desta em dar resposta aos problemas que crescem como uma bola de neve.
Talvez os autarcas não estivessem à espera que os munícipes exercessem a sua cidadania. - Isto é participação!
Claro que os senhores autarcas ficaram de boca-aberta, aborrecidos e inquietos nas suas cadeiras; mas que é que eles queriam? - Isto é a democracia!
Não obstante a diplomacia e a calma da Presidente da Assembleia Municipal, o que choca é o facto do Presidente da Câmara, para além de ser muito lacónico na procura das respostas, ao mesmo tempo conseguir mais uma oportunidade para a auto-promoção, mas não ser capaz de responder às perguntas que lhe foram dirigidas.
Segundo o que um dos participantes na Sessão afirmou, há mais de ano e meio que anda farto de correr os serviços e atendimentos possíveis para que sejam resolvidos aspectos relacionados com a salubridade, segurança e saúde pública. Mas ainda não foi desta que as respostas não surgiram.
Creio que o problema da incompetência da Câmara Municipal de Sesimbra se deve, não ao facto da falta de verba, mas sim à desorganização dos serviços e à incapacidade dos seus autarcas.
Esta é, pois, a minha opinião que, sem qualquer presunção, sei que é acompanhada por muitos outros munícipes!
Corrijo: Mas ainda não foi desta que as respostas surgiram.
Chamar-se-á "Escola participativa". E quanto a verbas como estamos? A zeros. Vem aí a entrega dos òscares...desculpem...a recepção à comunidade educativa. Neste contexto caberá cerca de 100€ a cada escola? O desafio lançado aos alunos seria como fazer multiplicar as pequenas verbas atribuídas pela Escola participativa, a cada escola. Problemas da Plantaforma Educativa. Há alguns anos houve o "Movimento da Plantaforma" que acabou com os grupos de Carnaval - os mais pequenos - e parece que actualmente a Plantaforma veio para ficar em todas as suas vertentes.
Nessa Sessão da Assembleia Municipal, o presidente da câmara, em resposta à questão colocada por um deputado municipal sobre o desperdício de água no concelho, referiu que: seguramente se tratava de um erro da Deco-Proteste, ou então de um erro por parte da entidade que forneceu os dados.
Pois, não há qualquer erro daquela Associação de defesa do consumidor, e, para além da constatação no terreno, quem forneceu os dados complementares foram os serviços respectivos da câmara municipal.
Será que o lápis azul, ou vermelho, do presidente deixou escapar esta informação, ou o autarca mentiu com quantos dentes tem na boca? Creio que foram as duas coisas.
Quanto ao facto da Assembleia ter sido muito participada por parte do público, e terem havido intervenções que desmentem a demagogia do executivo, acho muito bem, e desde já confesso que fiquei muito satisfeito.
Lembro-me que um dos munícipes acusou o executivo de ser incapaz de responder, no terreno, à tão badalada “qualidade de gestão municipal” como às novidades culturais. Francamente acho que o cidadão pôs o dedo na ferida. Desmontou toda aquela mentira, como há muito não se conhecia.
Reparei ainda como os autarcas se sentiram mal: o presidente não pôde deixar de ouvir (porque tinha de responder), mas a vereadora, que agora não me recordo do nome, bem como o terceiro da lista, que também não conheço, saíram da sala, por diversas vezes, ora para fumar, ora para descomprimir. Claro que nenhum dos três gostou da fruta.
E não deixei de registar que a referida reunião começou os seus trabalhos muito depois da hora marcada pela ausência de quórum, e também porque o executivo não estava presente. As desculpas foram as do costume: falta de estacionamento por causa do dia de S. Pedro.
Grande mentira. O presidente, e seus pares, têm estacionamento reservado e os deputados tinham muitos lugares naquela zona junto ao Grupo Desportivo. Enfim…
Sinceramente que gostaria de ter tido oportunidade de estar presente nessa sessão, a última antes das férias, mas razões profissionais impediram-me.
Contaram-me que dessas interpelações, surgiu uma de arromba. Imagino como ficou o presidente da câmara. Então ele que tem a mania que antes de si isto em Sesimmbra não era nada, agora teve de meter o rabinho entre as pernas. Claro, contra factos, o presidente não teve argumentos.
Então o munícipe, que não conheço, mas pelo que me dizem falou alto e bom som, apresentou factos (re)conhecidos por todos como indesmentiveis, andou mais de um ano à espera que a câmara resolvesse tudo aquilo que apresentou? Ele não deve ser de cá, caso contrário saberia que o Augusto Pólvora promete, mas não cumpre.
Ao que se diz, a vereadora da educação e cultura também levou na cabeça, tendo em atenção a sua incapacidade.
Tive pena de não estar, mas talvez isto tivesse contribuido para começar a assistir a estas sessões da assembleia municipal, uma vez que as reuniões de câmara acontecem durante o dia.
É pena que o regulamento não permita que o público possa voltar a pedir a palavra depois das respostas(?) dos autarcas. - Nem que seja para repor a verdade.
Considerando que as intervenções do público foram muito objectivas, ou seja, apontaram coisas muito concretas: assim se esperaria que o político pudesse responder de igual modo.
Recordo que um dos intervenientes do público ainda tentou pedir a palavra (bracejando até) a fim de explicar que as respostas que estavam a ser dadas pelo presidente da câmara não correspondiam à verdade! Mas como o regulamento não o permite, a última versão que ficou foi a que o autarca respondeu, e que o munícipe apenas dramatizou.
Ora bastou alguma atenção para se concluir que o autarca não só não respondeu, como ainda por cima mentiu.
Estive nessa reunião como residente no concelho, e como acompanhante do meu filho - um dos tais jovens também presentes -, e concluímos que o jogo parece estar viciado.
Já sabíamos que o executivo municipal, e em particular o Augusto Pólvora, têm um olhar muito sobranceiro para com os munícipes.
Geralmente não nos recebem. Não estão para ouvir o que temos para dizer.
Depois admiram-se.
É assim a democracia participativa em Sesimbra. Não há lugar a qualquer diáologo.
mas ninguem responde ao que é dito mudando apenas de assunto continuando com outros temas de onversa que nada interessam para este assunto
O sr. Presidente tentou calar os jovens ao reivindicar os problemas/carências que encontram nos estabelecimentos que frequentam.
A continuar assim, dificilmente terão assistência nas assembleias e eleitores nas eleições, é que com esta prepotência estamos a ser governados por avarentos com a mania que são espertos. Pior ainda, é que não dão condições aos miudos, mas em setembro farão a festa de recepção do professor onde esbanjarão milhares de euros, só para a festicia ficar bem vista no seu meio.
será que não enxergam? muitos desses professores nem eleitores são!!
Pois é..., com festas e bolos se enganam os tolos!
Eleições, já!
Já agora, quando é que se realizará a próxima Sessão da Assembleia Municipal?
- Pois, também tenho a umas coisas a dizer sobre a incapacidade dos serviços municipais e que o executivo teima em não ligar, apesar da minha insistência junto da Câmara...
Lá para vinte e qualquer coisa de Setembro. Com todo o gosto.
A crítica ao Presidente é legítima, correcta e verdadeira.
Lamentável o triste espectáculo de zurzir nos alunos, que com esforço e dedicação procuraram fazer o melhor.
Aos alunos recomendo cuidado, pois qualquer dia ainda vão para a Sibéria.
Em consequencias de uma mente tolerante e solidária.
a que se deve silêncio tão comprometedor?
A sopa esfriou?
Não, não, o caldo entornou!
Postar um comentário