Usar um eufemismo corresponde ao «acto de suavizar a expressão duma ideia substituindo a palavra ou expressão própria por outra mais agradável, mais polida». O antónimo de eufemismo é disfemismo, que corresponde a uma «expressão grosseira ou desagradavelmente directa, em vez de outra, indirecta ou neutra».
Lembrei-me desta lição de português ao ver a 1.ª página da última edição do jornal ‘Raio de Luz’, onde é dada a notícia do “falecimento” de um diácono. Nos jornais, que se querem directos e claros, há muito que não lia notícias sobre falecimentos. Hoje em dia, cada vez mais as pessoas "morrem" e pronto.
Não deixa por isso de ser curioso o facto de ter sid@ bombardead@ por disfemismos assim que abri o jornal. Em quase todas as páginas a palavra “aborto” surge de forma abrupta, repetida vezes sem conta. Não tenho nada contra a opção, afinal é de aborto que se trata, independentemente de no referendo de 11 de Fevereiro, o boletim de voto referir “interrupção voluntária da gravidez”.
Isto, no entanto, faz-me lembrar um episódio curioso ocorrido aquando do último referendo sobre a despenalização… do aborto. Uma jornalista visitou o chamado “Portugal profundo” para averiguar o sentido de voto dos eleitores do interior do país. A maioria das pessoas afirmava-se contrária à interrupção voluntária da gravidez mas os argumentos com que suportavam essa opção eram, no entanto, fugidios e pouco consistentes. A jornalista, tentando encontrar uma resposta mais clara reformulou a questão: «Então e se a sua filha, por acaso, tivesse um descuido, se engravidasse e não pudesse, por qualquer motivo, ter esse filho, o que faria?». A resposta à pergunta assim colocada fez luz na cabeça da inquirida: «Ah, então nesse caso, fazia um desmancho!».
“Interrupção voluntária da gravidez”, “aborto”, “abortamento” ou “desmancho”, chamem-lhe o que quiserem. Grave é o facto de a criminalização ou a despenalização serem quase expurgadas do discurso pseudo-informativo do jornal.
O importante, no entanto, é que, no meio de tudo isto, a população devidamente esclarecida se mobilize e vá até às urnas dizer de sua justiça. E a esse propósito, há que referir o mau exemplo do texto assinado por “Dom Duarte de Bragança”. Se, neste momento, informação e intoxicação se confundem perigosamente sobre o assunto, este texto é toxina pura.
Lembrei-me desta lição de português ao ver a 1.ª página da última edição do jornal ‘Raio de Luz’, onde é dada a notícia do “falecimento” de um diácono. Nos jornais, que se querem directos e claros, há muito que não lia notícias sobre falecimentos. Hoje em dia, cada vez mais as pessoas "morrem" e pronto.
Não deixa por isso de ser curioso o facto de ter sid@ bombardead@ por disfemismos assim que abri o jornal. Em quase todas as páginas a palavra “aborto” surge de forma abrupta, repetida vezes sem conta. Não tenho nada contra a opção, afinal é de aborto que se trata, independentemente de no referendo de 11 de Fevereiro, o boletim de voto referir “interrupção voluntária da gravidez”.
Isto, no entanto, faz-me lembrar um episódio curioso ocorrido aquando do último referendo sobre a despenalização… do aborto. Uma jornalista visitou o chamado “Portugal profundo” para averiguar o sentido de voto dos eleitores do interior do país. A maioria das pessoas afirmava-se contrária à interrupção voluntária da gravidez mas os argumentos com que suportavam essa opção eram, no entanto, fugidios e pouco consistentes. A jornalista, tentando encontrar uma resposta mais clara reformulou a questão: «Então e se a sua filha, por acaso, tivesse um descuido, se engravidasse e não pudesse, por qualquer motivo, ter esse filho, o que faria?». A resposta à pergunta assim colocada fez luz na cabeça da inquirida: «Ah, então nesse caso, fazia um desmancho!».
“Interrupção voluntária da gravidez”, “aborto”, “abortamento” ou “desmancho”, chamem-lhe o que quiserem. Grave é o facto de a criminalização ou a despenalização serem quase expurgadas do discurso pseudo-informativo do jornal.
O importante, no entanto, é que, no meio de tudo isto, a população devidamente esclarecida se mobilize e vá até às urnas dizer de sua justiça. E a esse propósito, há que referir o mau exemplo do texto assinado por “Dom Duarte de Bragança”. Se, neste momento, informação e intoxicação se confundem perigosamente sobre o assunto, este texto é toxina pura.
15 comentários:
Os seus textos não são toxina. São sempre a luz. Luz que não existe num Jornal que há muito vive na escuridão do comunismo e do favoritismo. Lamentável.
esta algum tempo sem adicionar novos posts mas quando o faz, vale a pena ler....parabens...
Não é no Raio de Luz que escrevem os iluminados educadores do povo Ezequiel Lino e Augusto Pólvora? Portanto, não é de estranhar a linha de intoxicação e desinformação que esse jornal tem seguido desde que o director pensou em construir um Centro Cultural. Quando se pede... tem que se dar, não é?
E isto da continuação do referendo sobre a despenalização da IVG é apenas mais um desvario do acólito para justificar uns tijolozitos a receber da diocese. Amen.
No que diz respeito ao referendo sobre a IVG, qual a diferença ente O Jornal Raio de Luz e o PCP de Sesimbra?
O Raio de Luz faz campanha miseravel pelo não
O PCP de Sesimbra votou contra, na Assembleia Municipal, a realização de debates sobre a IVG.
Será que está a nascer uma nova corrente no PCP tipo Comunocatolica?
O senhor José Pedro faz a ponte entre a igreja e o Comunismo. Ele faz a ponte, faz o pino, faz toda a espécie de figuras desde que escorra algum, dinheiro, tijolos, ilusão de protagonismo. O homem não é esquisito.
O Estado quando decide atribuir subsídios para "... e Acção Social", deveria ver a quem os dá. O Sr. José Pedro terá capacidade e humanidade para gerir (e não estou a falar a nível de finanças)os sentimentos de bem, a pureza de espírito, o dar sem receber, que exige um Centro ccom as características que esse proclama que o CECAS vai ter?
Nunca vi um Jornal que se diz de raiz católica ser tal de baixo nivel chegando mesmo os seus cronistas a roçarem o ordinário.Fazem falta pessoas de bem, desinteressadas e amigas de estender a mão ao próximo, mas não para pedir, mas para dar e ajudar. Fazem falta pessoas humildes mas Grandes. E como dizem os espanhóis...Que los ai, los ai.
Essa é que é essa .......
Pois, pois.......
E o pedrinho è que sabe já a muitos anos que vende gato por lebre
é incrivel como é que há pessoas que dão donativos para esse pedrinho e para o seu centro (emprego seguro para o futuro)abram os olhos!!!!!!
que de olho percebe ele e bem.
Ele que faça o centro que depois tomaremos conta dele e dos seus troca tintas
O Sr.Engenheiro nunca mais actualiza o blogue...
O Núcleo de Sesimbra do Bloco de Esquerda promove no próximo dia 2 de Março (sexta-feira), pelas 21:30h, no salão do Clube Sesimbrense uma sessão de esclarecimento/debate subordinado ao tema:
A Saúde no Concelho de Sesimbra
Servirá este encontro para esclarecer e promover o debate sobre um tema que tanto tem preocupado a população do concelho de Sesimbra.
A sessão contará com a presença dos médicos:
- Dr. António Rodrigues (Docente na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Investigador do Centro de Estudos em Saúde da Universidade de Coimbra e Médico de família);
- Dr. João Semedo (Deputado da Assembleia da República, Médico e antigo director do Hospital Joaquim Urbano);
Tendo em consideração a reestruturação do Sistema Nacional de Saúde em curso, as graves carências que o concelho revela nesta área e a eventual possibilidade de encerramento do Serviço de Atendimento Permanente, entendemos que a promoção desta iniciativa é necessária para que a população do concelho possa esclarecer as suas dúvidas e dar eco às suas preocupações.
o que sao os negocios do calvario?
escreva lá qualquer coisa ou será que o pedrinho não lhe deixa.......
nós prometemos que não batemos mais no pedrinho
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