O pároco Sílvio Couto dedicou a crónica que mantém no jornal ‘O Sesimbrense’ ao casamento entre homossexuais, sob o sugestivo título “gayatices de certos meninos ricos”. Com o devido respeito que o senhor me merece, julgo que a designação do texto resulta num triste e ofensivo trocadilho, que conhece uma, ainda mais, deplorável explanação ao longo do artigo, onde a homossexualidade é retratada como uma travessura arranjada por gente abastada. Pasmem-se: a homossexualidade é um luxo.
O padre critica, antes de mais, o facto de “uns tantos meninos ricos” discutirem “a questão do casamento de pessoas do mesmo sexo”, como se a resolução deste problema “relativizasse” outros como os das contas públicas e privadas. Escreve o padre que “quem quer viver ‘homem com homem’ e ‘mulher com mulher’ nem precisa de trazer isso para a vi(d)a pública, pois privadamente pode vivê-lo sem esse folclore que tem estado apenso a certas questões do foro privado”. Ora, vamos lá ver; o ser ou não ser, não é a questão. Até se pode ser. Vá lá. Pasmem-se: com jeitinho até se toleram as travessuras, mas tem de ser tudo bem fechado entre 4 paredes. Pior do que ser, é mesmo parecer...
Segundo Sílvio Couto, a defesa do casamento entre pessoas do mesmo sexo tem como intuito “ofender ou trazer à liça do descrédito quem pensar diferentemente das modas mais ou menos aberrantes”. Tenho, sinceramente, sérias dúvidas que os homossexuais, seres suspeitosamente “aberrantes” (valha-nos… alguém ou alguma coisa), estejam realmente interessados em descredibilizar quem nem sequer lhes merece crédito que careça de ser descredibilizado.
Apesar destas considerações, a igreja católica, defende o padre, assumiu posições “claras”, “na linha da compreensão para com as pessoas que vivem o drama da homossexualidade”. É realmente, para mim, dramático, ser confrontad@ com este tipo de considerações. Citando o catecismo da igreja católica n.º 2358, Sílvio Couto refere-se ainda à homossexualidade como uma “propensão objectivamente desordenada” que deve ser vivida como uma “provação”.
A todo o recente regabofe em torno da homossexualidade, o padre associa ao processo de “neo-paganização do mundo ocidental” e avisa: “o combate é duro”.
Os “objectivamente desordenados” que se cuidem… com esta afirmação de ideias e considerações tão objectivamente desordenadas (para não dizer pior).
4 comentários:
O sectarismo destas tiradas do padre de Sesimbra só servem para envergonhar aqueles que realmente acreditam no cristianismo.
Enfim, como é que alguém que faz um voto de castidade pode ter autoridade moral par julgar opções, escolhas e muito menos direitos de outros semelhantes.
Por estas e por outras é que fico incrédulo com as crenças!
Olá
Isto mostra perfeitamente o pároco que temos em Sesimbra, a sua falta de conhecimento e principalmente o fantástico atraso mental que tem e por consequencia transmite aos cristãos que a sua igreja frequentam.
sem mais.
O Calhandro.
É um padre pequeno, com uma mente pequena, num sitio pequeno.
Merece o crédito que lhe quiserem dar...
O QUE SERÁ QUE o padre tem a dizer dos seus colegas Americanos e não só em todo o mundo cristão isso não é homosexualidade ? ou é pedófilia ? Porquê que o padre não limpa primeiramente a sua casa .Ou então que reze pelas vitimas do holocausto que que tão desprezados foram pela igreja Católica .Não vou gastar mais palavras com esse ralé ,deveria ir para o mar ou andar com ama enchada no campo. OH MARQUÊS ELES ESTÃO CÁ OUTRA VEZ
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